O dólar apresentou uma valorização significativa de mais de 1% nesta quarta-feira (26), impulsionado por declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre políticas fiscais. Por volta de 15h20, a moeda americana registrava uma alta de 1,11%, sendo cotada a R$ 5,5115.
Empresas como Usiminas, Petrorio, Suzano, 3R Petroleum e Gerdau, notaram ganhos durante o pregão, o que influenciou o Ibovespa. O índice principal da Bolsa de Valores brasileira, após iniciar o dia com um viés negativo, reverteu a situação, marcando uma elevação de 0,18%, chegando aos 122.553,16 pontos.
É esse país de ganha-ganha em cada setor que precisamos e queremos construir. Todos os dados econômicos estão melhores nesses 16 meses, quando as previsões eram que seriam uma catástrofe. A economia cresceu. Os investimentos na indústria estão começando a crescer. Por isso…
— Lula (@LulaOficial) June 26, 2024
Como a fala de Lula influenciou a alta do dólar?
As palavras do presidente Lula, criticando a redução de despesas e enfatizando a necessidade de equilibrar as contas públicas por meio de um aumento na arrecadação, reverberaram fortemente no mercado. Durante uma entrevista ao UOL, ele colocou em questão se o verdadeiro problema é o corte de gastos ou se a solução seria, de fato, ampliar a arrecadação, incitando discussões e influenciando diretamente o ânimo dos investidores.
Qual o papel do IPCA-15 e do Banco Central nesse contexto?
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), conhecido como a prévia da inflação oficial, indicou uma alta de 0,39% em junho, uma taxa menor que a do mês anterior. Esses dados são cruciais pois orientam as expectativas de inflação para o futuro próximo, e, por consequência, as decisões de política monetária do Banco Central (BC).
As previsões e medidas futuras do Banco Central
Em resposta à situação inflacionária e cambial, o Banco Central anunciou a realização de um leilão de até 12 mil contratos de swap cambial tradicional. Esta medida visa a rolagem do vencimento que se aproxima em 1° de agosto de 2024. Promover tais leilões é uma técnica comum utilizada pelo BC para tentar conter a volatilidade excessiva da moeda nacional.
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