O dólar fechou em alta de 1,15%, cotada a R$ 4,9438, nesta terça-feira (16), interrompendo uma sequência de quedas.
A alta se deve o comportamento dos investidores no mercado financeiro com a apresentação do parecer da nova regra fiscal do Brasil e o acompanhamento das negociações para aumentar o teto da dívida dos Estados Unidos. Além disso, o anúncio feito pela Petrobras sobre o fim da paridade internacional e uma nova política de preços para os combustíveis contribuíram para o fechamento da moeda norte-americana.
No dia anterior, o dólar teve queda de 0,73%, aos R$ 4,8876, ao menor valor em 11 meses. Com o resultado de hoje, a moeda passou a acumular: Alta de 0,41% na semana; Quedas de 0,87% no mês e de 6,33% no ano.
Influência no mercado:
O grande destaque do dia no mercado doméstico ficou com o anúncio feito pela Petrobras, no começo da manhã, de que encerrou a política de preços de combustíveis baseada na paridade internacional. Pela regra em vigor desde 2016, o preço desses produtos no mercado interno acompanha, como um mecanismo automático, as oscilações internacionais, ou seja, não há intervenção do governo para garantir preços menores.
Agora, a Petrobras deve adotar uma nova política que permita ao governo interferir nos preços. A empresa explica que sua nova estratégia comercial será baseada em duas referências.
1. “O custo alternativo do cliente, como valor a ser priorizado na precificação – contempla – as principais alternativas de suprimento, sejam fornecedores dos mesmos produtos ou de produtos substitutos”.
2. “O valor marginal para a Petrobras, baseado no custo de oportunidade dadas as diversas alternativas para a companhia dentre elas, produção, importação e exportação do referido produto e/ou dos petróleos utilizados no refino”.
“Com a mudança, a Petrobras tem mais flexibilidade para praticar preços competitivos, se valendo de suas melhores condições de produção e logística e disputando mercado com outros atores que comercializam combustíveis no Brasil, como distribuidores e importadores”, afirmou a estatal.
Nova regra fiscal brasileira
A apresentação do parecer da nova regra fiscal pelo deputado federal, Cláudio Cajado (PP-BA), o Bolsa Família não poderá ter aumento real, ou seja, acima da inflação caso o governo descumpra as metas fiscais previstas.
Teto da dívida nos EUA
Já no exterior, as atenções seguem voltadas às negociações sobre a elevação do teto da dívida nos Estados Unidos. A expectativa é que o presidente norte-americano, Joe Biden, e o presidente da Câmara, Kevin McCarthy, consigam chegar a um acordo para aumentar o limite da dívida do país e evitar um calote catastrófico.