O dólar comercial fechou a primeira cotação no nível de estabilidade, apresentando apenas uma leve queda frente ao real brasileiro, cotado a R$ 5,115, 0,02% a menos. A moeda vem de uma semana de baixas, porém ainda acumula, no mês de abril, valorização de 1,99%.
O Ibovespa, índice da B3, começou a semana com alta de 0,65%, fechando o dia em 127.351,79 pontos. As movimentações giraram muito em cima da empresa do varejo Casas Bahia, que anunciou um pedido de recuperação extrajudicial para renegociar uma dívida de R$ 4,1 bilhões com credores.
O mercado considerou a decisão da empresa correta, o que resultou em uma valorização de 34,19% das ações da corporação, fechando o dia a R$ 7,3 por papel.
Outras empresas que presenciaram fortes altas em suas ações foram Pão de Açúcar (PCAR3), com 9,06% de valorização, subindo para R$ 3,01. Em seguida, a farmacêutica Hypera registrou aumento de 5,36%, terminando o dia com R$ 30,08 por papel.
O que movimentou o dólar?
A semana começa lenta, com investidores operando com cautela, à espera do anúncio da próxima política fiscal do Federal Reserve, marcado para a próxima quarta-feira (1º). Vale ressaltar que os mercados brasileiros estarão fechados neste dia, devido ao feriado nacional.
A expectativa é que o banco central dos Estados Unidos mantenha a taxa de juros entre 5,25% e 5,5%, adiando, assim, o início do ciclo de cortes no índice americano. Agora, investidores preveem apenas um corte nos juros do país, depois de uma série de resultados negativos sobre a inflação estadunidense.
Ainda há forte aguardo para a coletiva de imprensa do presidente do Fed, Jerome Powell, após a comunicação das medidas econômicas. O gerente de Tesouraria do BS2, Felipe Ueda, afirma, ao Correio do Povo, que o andar da moeda brasileira será influenciado nos próximos dias. “Eu acho que ainda há espaço para o dólar ceder um pouco, embora deva se manter acima de R$ 5,00. Mas tudo vai depender do discurso do Powell. O mercado ainda espera corte de juros, mas não se sabe se vai vir em setembro ou mais para frente”, detalhou.
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— Federal Reserve (@federalreserve) April 26, 2024
Outro fator que mexeu na cotação do dólar foi a intervenção de vendas da moeda por parte de bancos japoneses para conter uma baixa histórica do iene mais cedo. O valor da moeda japonesa despencou de 160,245 para 155,01 por dólar.
“Com essa intervenção e o consequente fortalecimento do iene, o índice do dólar se enfraqueceu no mercado internacional. Com isso, há uma tendência de enfraquecimento global do dólar, acompanhada também de leve redução das taxas de rendimentos dos Treasuries, o que ajuda o apetite por ativos arriscados e ajuda a valorização das demais divisas diante da moeda americana”, explicou, ao UOL, Leonel Oliveira Mattos, analista de inteligência de mercado da StoneX.