Dados do Índice de Preços do Consumidor (CPI), órgão equivalente ao IPCA no Brasil, revelaram que os EUA estão enfrentando a maior inflação acumulada de 12 meses, encerrados em junho, dos últimos 41 anos. A alta vem sendo influenciada pelos aumentos históricos nos preços dos combustíveis e alimentos.
As previsões do mercado eram de que a inflação acumulada nesse período iria alcançar a taxa de 8,8%. Em maio deste ano, o acumulado de 12 meses já estava em 8,6%, quando já era o maior aumento para o período desde 1981.
No aumento de mês em mês, de maio para junho a alta da inflação foi de 1,3%, enquanto de abril para maio foi de 1%.
Esses aumentos estão se refletindo no preço dos produtos, que estão pesando cada vez mais para o bolso dos americanos. De acordo com a Associação Automobilística Americana, o valor médio estadual do preço do galão de gasolina passou a ser, em junho, US$5,00 pela primeira vez na história.
O aumento da inflação nos EUA tem levado o Federal Reserve à aumentar os juros no país. A elevação das taxas de juros começaram em março e o último aumento foi de 0,75, o maior em 28 anos. O mercado estima que a próxima alta repetirá esse valor.
O receio de que a economia norte-americana entrará em recessão em 2023 está crescendo como resultado. Os ciclos inflacionários e de altas de juros começaram a aumentar na pandemia, mas se intensificaram com a crise energética e de grãos causada pela guerra na Ucrânia.
Inflação, inflação, inflação. CPI de junho nos EUA em 1,3% no mês, 9,1% anual.
Esse é o driver que está norteando o Fed e, por consequência, os mercados.
Futuros de ações subiam mais de 1% mesta manhã. Bastou sair o CPI de junho para mercados tombarem 2%.
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— Fernando Ulrich (@fernandoulrich) July 13, 2022
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