REESTRUTURAÇÃO

Marisa vai fechar 91 lojas para recuperação de caixa

A empresa informou que 25 unidades já foram fechadas entre março e abril e que outras 26 serão encerradas neste mês de maio

Marisa vai fechar 91 lojas
A rede varejista Marisa anunciou que fechará 91 lojas como medida de recuperação de geração de caixa (Crédito Foto: Divulgação/Marisa)

A Marisa anunciou que vai fechar 91 lojas como parte de um plano de recuperação da geração de caixa e rentabilidade da empresa. De acordo com a administração da rede de comércio varejista, as unidades apresentam déficit. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (18).

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Em mensagem enviada aos acionistas, a empresa informou que 25 lojas já foram fechadas entre março e abril e que outras 26 serão encerradas ao longo deste mês de maio.

A Marisa também informou que já renegociou dívidas com 90% dos fornecedores e 65% dos proprietários de imóveis. A varejista tem dívida líquida na casa dos R$ 461 milhões, segundo o balanço do 1º trimestre de 2023.

Entre as razões alegadas pela empresa para concretizar as medidas de recuperação estão o cenário macroeconômico adverso, as importações ilegais sem a devida tributação e também as elevadas taxas de juros.

O direitor-presidente da Marisa, João Pinheiro Nogueira Batista, explicou em comunicado a decisão da empresa. “Estamos acompanhando de perto a evolução das iniciativas do governo federal para o setor de varejo no Brasil, que objetivam coibir a concorrência desleal e reestabelecer a isonomia tributária.”

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A companhia informou que obteve melhor desempenho nas vendas em lojas físicas, com crescimento de 5% no faturamento, mesmo com fechamento de 14 lojas entre dezembro de 2022 e março de 2023. A empresa avaliou que os números foram positivos no 1º trimestre de 2023 na operação de varejo, com crescimento de 1,3% na receita líquida, em comparação com o mesmo período do ano passado, alcançando R$ 440,5 milhões.

Entretanto, a varejista enfrentou um recuo de 32,5% no faturamento das vendas pelo canal digital, auferindo receita bruta de R$ 43,1 milhões, entre janeiro e março deste ano, contra R$ 63,8 milhões do 1º trimestre do ano passado.

O resultado final obtido causou prejuízo líquido de R$ 148,9 milhões, com incremento de 64,2% na comparação com o mesmo período de 2022.

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