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Preço das passagens aéreas deve ficar mais caro em 2024

Passagens aéreas pesaram no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de outubro e novembro

O preço médio das passagens de avião para voos domésticos, em setembro, foi o maior já registrado desde o início da série histórica.
Preço médio das passagens de avião para voos domésticos foi o maior já registrado desde o início da série histórica – Crédito: Pixabay

Um levantamento divulgado nesta terça-feira (12) aponta que o preço médio das passagens de avião para voos domésticos, em setembro, foi o maior já registrado desde o início da série histórica em junho de 2010. Os dados são Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), levantados a pedido do portal G1. 

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O valor de R$ 747,66 considera a média de preço de todos os assentos comercializados no período, sem contar taxas aeroportuárias, e pode subir nos próximos meses, já que as passagens aéreas foram o item que mais pesou no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de outubro e novembro, segundo resultados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A tendência é de piora nos próximos meses, com as passagens aéreas sendo o item de maior peso no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de outubro e novembro.

O endividamento das empresas é apontado como o principal fator para os preços altos, apesar da estabilização do dólar e da queda no preço do querosene de aviação. 

Além disso, a demanda por viagens aéreas ainda não se recuperou totalmente da pandemia. Vários fatores, como o preço do combustível, a demanda de passageiros, a sazonalidade e a antecedência da compra, influenciam no valor das passagens.

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Os dados são expostos em meio às negociações para o lançamento do programa “Voa Brasil” e após reunião entre o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, e as companhias aéreas, que se comprometem a apresentar um plano para a redução dos preços das tarifas.

Segundo a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), a aviação comercial em todo o mundo ainda sofre com impactos negativos da pandemia, aliados ao cenário de instabilidade na geopolítica mundial.

“A aviação é fortemente afetada pelo câmbio do dólar, que representa 60% dos custos de uma companhia aérea. O dólar aumentou 19% de 2019 a 2022 e o preço do querosene de aviação (QAV), que corresponde por 41% dos custos das empresas aéreas, subiu 145% em 10 anos”, justificou a Abear.

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*sob supervisão de Camila Godoi

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