Entre as diversas áreas de formação no ensino superior, os cursos de saúde como medicina, farmácia e odontologia têm se destacado com os maiores índices de empregabilidade no Brasil. Essas graduações garantem a seus egressos uma probabilidade elevada de inserção no mercado de trabalho, uma realidade bastante diferente de outras áreas de estudo.
O levantamento realizado pelo Instituto Semesp entre agosto e setembro de 2024 revelou que mais de 90% dos formados em medicina estão empregados, colocando esse curso no topo da lista de empregabilidade. Farmácia e odontologia também apresentam números impressionantes, com 80,4% e 78,8% de empregabilidade, respectivamente.
Graduações em saúde: por que medicina, farmácia e odontologia se destacam?
A alta empregabilidade nas graduações na área da saúde pode ser atribuída a diversos fatores. Primeiramente, essas profissões são essenciais para o funcionamento adequado do sistema de saúde, o que gera uma demanda constante por profissionais qualificados. Outro aspecto importante é o alto nível de especialização que esses cursos oferecem, preparando os alunos para uma atuação eficiente no mercado de trabalho.
Quais graduações têm os menores índices de empregabilidade?
Por outro lado, o estudo também aponta cursos com menores índices de empregabilidade. As áreas de história e relações internacionais se destacam negativamente no ranking, com 31,6% e 29,4% de desemprego, respectivamente. Alunos formados nesses cursos enfrentam maiores desafios para encontrar vagas alinhadas à sua formação.
Veja a seguir alguns dos cursos com os menores índices de empregabilidade:
- História (31,6% de desempregados)
- Relações internacionais (29,4% de desempregados)
- Serviço social (28,6% de desempregados)
- Radiologia (27,8% de desempregados)
- Enfermagem (24,5% de desempregados)
- Química (22,2% de desempregados)
- Nutrição (22% de desempregados)
O que faz um formando trabalhar fora da área de formação?
A pesquisa do Instituto Semesp também destacou a porcentagem expressiva de egressos que acabam trabalhando fora de suas áreas de formação. Entre os formados em engenharia química, por exemplo, 55,2% estão empregados em outras áreas.
Existem várias razões para esse fenômeno:
- Mudança de Interesse: Alguns profissionais optam por mudar de carreira.
- Falta de Oportunidades: Mercados saturados limitam as oportunidades na área de formação.
- Melhores Condições: Outras áreas podem oferecer salários e benefícios mais atraentes.
Como melhorar a empregabilidade em outras áreas?
Aumentar a empregabilidade em setores com baixos índices de contratação é um desafio complexo, mas algumas estratégias podem ajudar. A seguir estão algumas recomendações para alunos e instituições:
- Buscar Especializações: Cursar especializações e pós-graduações pode abrir novas oportunidades.
- Networking: Participar de eventos e grupos profissionais pode ajudar na formação de uma rede de contatos.
- Experiência Prática: Estágios e trabalho voluntário fornecem experiência e conexões no mercado de trabalho.