IBGE

Taxa de desemprego sobe para 8,6% no trimestre encerrado em fevereiro

Em relação aos três meses anteriores, a taxa de desocupação aumentou 0,5 ponto percentual (p.p).

Taxa de desemprego sobe para 8,6% no trimestre encerrado em fevereiro
Além disso, a taxa de informalidade também ficou estável, em 38,9% (Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A taxa média de desemprego no Brasil subiu para 8,6% no trimestre encerrado em fevereiro, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). De acordo com a CNN, o resultado é o menor para o período desde 2015, quando o índice atingiu 7,5%.

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A informação foi divulgada nesta sexta-feira (31), e os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua). Segundo um levantamento da Reuters, a taxa veio alinhada com as expectativas do mercado, de uma alta para 8,7%.

Em relação aos três meses anteriores, a taxa de desocupação aumentou 0,5 ponto percentual (p.p) e o número de desocupados cresceu 5,5%, totalizando 9,2 milhões de pessoas.

“No trimestre encerrado em fevereiro, esse aumento da desocupação ocorreu após seis trimestres de quedas significativas seguidas, que foram muito influenciadas pela recuperação do trabalho no pós-pandemia”, afirmou Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, em nota.

“Voltar a ter crescimento da desocupação nesse período pode sinalizar o retorno à sazonalidade característica do mercado de trabalho. Se olharmos retrospectivamente, na série histórica da pesquisa, todos os trimestres móveis encerrados em fevereiro são marcados pela expansão da desocupação, com exceção de 2022″, acrescentou ela.

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Ocupados

Entre os ocupados, houve uma queda de 1,6%, com retração de 1,6 milhão de pessoas dentro do mercado de trabalho. Esse percentual chegou a 56,4%, registrando uma queda de 1 p.p. em relação ao trimestre anterior.

Segundo Beringuy, a população ocupada demonstra um comportamento inverso da desocupada: “Nos primeiros meses do ano, há um movimento praticamente conjugado, de retração da população ocupada e a expansão da desocupação”.

“Isso é ligado tanto às dispensas dos trabalhadores temporários que costumam ser contratados no fim do ano quanto à maior pressão do mercado de trabalho após o período de festas”, explicou ela.

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Segundo a CNN, algumas das categorias que mais perderam postos de trabalho são empregados sem carteira no setor público (-14,6%), empregado sem carteira no setor privado (-2,6%) e o trabalhador por conta própria com CNPJ (-4,8%).

Desalentados

Em relação às pessoas que gostariam de trabalhar, mas que não buscaram trabalho por não entenderam que teriam êxito, chamadas de desalentadas, a taxa estabilizou no trimestre encerrado em fevereiro, somando 4 milhões de pessoas nessa categoria. Além disso, a taxa de informalidade também ficou estável, em 38,9%.

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