O sistema bancário brasileiro deu adeus a uma de suas formas mais tradicionais de transferência de fundos: o Documento de Ordem de Crédito, conhecido como DOC, sistema criado em 1985. Em uma decisão definitiva, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) anunciou o encerramento deste serviço histórico em 29 de janeiro. Além do DOC, a Febraban também suspendeu a oferta da Transferência Especial de Crédito (TEC), utilizada principalmente por empresas para o pagamento de benefícios a funcionários.
Esta decisão marca o fim de uma era para os bancos, que tiveram até 15 de janeiro para oferecer o DOC e permitir agendamentos de transferências até a data final. O valor máximo para qualquer transação via DOC ou TEC era de R$ 4.999,99. No entanto, as operações de Transferência Eletrônica Direta (TED) permanecem inalteradas.
A mudança reflete uma tendência de declínio no uso do DOC ao longo dos anos, especialmente após o lançamento do Pix em novembro de 2020. De acordo com a Febraban, o meio de pagamento já não figurava entre os cinco principais meios de pagamento utilizados em 2023. O Pix se tornou o favorito dos consumidores, seguido pelo cartão de crédito e débito. Assim, o encerramento do DOC marca uma transição significativa no cenário das transações financeiras no Brasil.
Ao g1, Walter Faria, diretor adjunto de Serviços da Febraban, explica que “tanto a TEC quando o DOC deixaram de ser a primeira opção dos clientes e sua utilização vem caindo continuamente nos últimos anos. Os clientes têm dado preferência ao Pix, por ser gratuito, instantâneo e também pelo valor que pode ser transacionado”.
A Febran ainda destacou um ranking de métodos de pagamento mais utilizados atualmente, que seria: Pix, cartão de crédito, cartão de débito, boleto, TED (Transferência Eletrônica Direta), Cheque e DOC (Documento de Ordem de Crédito), nesta ordem.
*texto sob supervisão de Tomaz Belluomini