Áustria

Descoberta arqueológica em cemitério romano revela relação entre mãe e filha

Até então, acreditava-se que os esqueletos eram os restos mortais de um casal medieval; uso de datação por radiocarbono e análise de DNA antigo foram cruciais para a reinterpretação dos dados

Descoberta arqueológica em cemitério romano revela relação entre mãe e filha
Imagem dos esqueletos (esq.) e ilustração de como seriam os enterros à época (dir.) – Créditos: Divulgação/Wels City Museum / Divulgação/Journal of Archaeological Science: Reports/Jona Schlegel

Um estudo recente publicado em maio deste ano trouxe à luz uma nova descoberta sobre um enterro que até então mantinha historiadores e arqueólogos perplexos. Inicialmente interpretados como os restos mortais de um casal medieval, análises mais profundas revelaram que os esqueletos eram, na verdade, de duas mulheres biológicas, com indicações de uma ligação familiar íntima.

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Localizados em um cemitério de grande importância na antiga cidade de Ovilava, atual Áustria, os restos mortais junto a um cavalo remontam ao período romano, não à era medieval como se pensava anteriormente. Este equivoco inicial vinha de interpretações tradicionais dos métodos de enterro da época, mas foram as tecnologias modernas de investigação que proporcionaram uma luz sobre a verdadeira história.

O que revelaram as técnicas de análise científica?

O uso de datação por radiocarbono e análise de DNA antigo foram cruciais para a reinterpretação dos dados. Estas técnicas não só corrigiram o período histórico dos esqueletos como também desmistificaram a relação entre as duas mulheres, identificando-as como parentes de primeiro grau, muito provavelmente mãe e filha.

Estudo dos esqueletos e a relação mãe-filha

Embora separadas por uma diferença de idade estimada entre 15 a 25 anos, a precisão das análises genéticas confirmou o vínculo direto entre as duas mulheres.

Este resultado marca o registro do primeiro enterro de mãe e filha geneticamente comprovado do período romano na região onde hoje é a Áustria.

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Por que a descoberta é importante para a história?

O achado tem uma importância significativa, pois lança luz sobre as práticas sociais e culturais do período romano fora das grandes metrópoles como Roma. A descoberta desafia a narrativa habitual que temos dos enterros romanos e amplia nosso entendimento sobre as estruturas familiares e sociais da época.

A escolha do local de enterro também sugere uma possível posição de prestígio ou reconhecimento especial, levantando novas hipóteses sobre o status social das mulheres na sociedade de Ovilava. Estes insights são fundamentais para a arqueologia e a história social, proporcionando uma compreensão mais rica e detalhada sobre períodos menos documentados.

  • Datação por Radiocarbono: Método que determinou a era dos esqueletos.
  • Análise de DNA Antigo: Técnica que esclareceu a relação familiar entre as duas mulheres.
  • Local do Enterro: Pode indicar considerações sociais relevantes para a época.

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