Os professores das universidades federais decidiram neste domingo (23) encerrar a greve nacional dos docentes. A paralisação foi iniciada no mês de abril deste ano em instituições de ensino superior de todo o Brasil.
A decisão foi tomada após a conclusão de assembleias estaduais, que reuniram maioria de votos a favor da proposta de reajuste enviada pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) logo no início de junho.
Andes-SN: greve encerrada
De acordo com informações do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), o comando nacional da greve decidiu encerrar as paralisações a partir desta quarta-feira (26). Neste dia, a entidade deve assinar um acordo junto ao Ministério da Gestão e Inovação para consolidar os termos da proposta.
As paralisações deverão ser completamente encerradas até o próximo dia 3 de julho, ainda de acordo com a entidade.
O retorno às aulas dependerá, por outro lado, da decisão interna de cada uma das instituições federais de ensino. As universidades deverão definir o seu próprio calendário acadêmico.
Antes do anúncio do Andes-SN, outras categorias envolvidas na greve da educação federal também decidiram encerrar as paralisações. Apenas a categoria dos técnicos-administrativos ligados às universidades federais ainda não aceitou o acordo.
Greve durou quase 70 dias
A decisão deste domingo põe fim a uma greve que durou quase 70 dias. Também confirma um movimento de abandono à paralisação por parte de professores de instituições do país. Até este domingo (23), de acordo com a entidade que representa os docentes, 55 universidades ainda enfrentavam greves.
Em assembleia realizada na quarta-feira (19), docentes da UEPB aprovaram, por maioria, o estado de greve. A decisão visa intensificar a luta pela retomada das negociações para um acordo sobre o pagamento retroativo das progressões de carreira.
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