Nos últimos anos, tem-se notado um interesse crescente em narrativas que exploram a busca pela juventude eterna. Dois exemplos notáveis são a série brasileira “A Fórmula”, de 2017, e o filme “A Substância”, lançado recentemente. Ambas as produções encapsulam essa temática de forma distinta, mas compartilham um conceito central que atraiu a atenção dos espectadores e suscitou discussões nas redes sociais.
“A Fórmula” segue a história de Angélica, interpretada por Drica Moraes, uma cientista que desenvolve um elixir capaz de rejuvenescer em cerca de 30 anos. Ao consumir a substância, Angélica retorna à aparência de seus 20 anos, agora vivida por Luisa Arraes. Este enredo combina elementos de comédia e ficção científica, questionando até onde alguém iria pela juventude. Recentemente, a série voltou a ganhar destaque após a estreia de “A Substância”, um filme de terror que apresenta uma abordagem diferente, embora baseada em um conceito semelhante.
o brasil que criou a substância pic.twitter.com/KyEdbFB1Ti
— david (@nosferatru) October 18, 2024
Qual é a história por trás de “A Substância”?
No filme, a narrativa foca em Elisabeth Sparkle, uma atriz famosa interpretada por Demi Moore, que se submete a um processo de clonagem utilizando substâncias ilegais. Ela dá vida a Sue, sua versão mais jovem, interpretada por Margaret Qualley. A história rapidamente toma um rumo sombrio, explorando o lado obscuro dessa busca pela juventude, através do gênero conhecido como “body horror”. Esta mudança de tom e gênero diferencia “A Substância” de “A Fórmula”, levando a debates sobre suas inspirações e influências no mundo literário e cinematográfico.
A semelhança entre as narrativas gerou discussões online, com muitos internautas observando pontos comuns entre as histórias. Apesar das diferenças estilísticas, ambas compartilham a premissa básica da transformação física visando a juventude. Internautas nas redes sociais, especialmente no X (antigo Twitter), discutiram como ambas as obras remetem a clássicos literários como “Dr. Jekyll e Mr. Hyde”, explorando temas de dualidade e transformação. No entanto, enquanto “A Fórmula” adota um tom mais leve e cômico, “A Substância” se aprofunda na ansiedade e horror associados à alteração corporal.
Segundo Aventuras na História, lançado nos cinemas e agora disponível na plataforma de streaming MUBI, “A Substância” foi aclamado no Festival de Cannes em 2024, recebendo o prêmio de Melhor Roteiro. Estas conquistas destacam o forte impacto da obra no cenário cinematográfico. Sempre que uma nova produção chama a atenção por mexer com conceitos familiares de maneiras inovadoras, surge uma oportunidade tanto para os críticos quanto para o público avaliarem os limites criativos do cinema contemporâneo. As comparações com “A Fórmula” apenas enriqueceram o debate sobre como histórias similares podem ser tratadas em formatos diferentes.