A piadinha já rola solta há alguns dias e fez até as donas da academia, no Jardim São Conrado, em Campo Grande, ganharem bordão próprio. Assim, em meio à polêmica de personal e traição, inclusive envolvendo a sul-mato-grossense Gracyanne Barbosa, o local segue ganhando novas alunas, em uma academia que só aceita mulheres e é chefiada por duas professoras de Educação Física.
“Aqui o estúdio chama Ella’s, então, as meninas estão dizendo assim: Na academia que Ella’s treinam o seu Belo não corre perigo. As alunas chegam falando do que os maridos estão comentando em casa e agora alguns até brincam, ficam pedindo para confirmar se a academia é só para mulheres mesmo. A gente se diverte muito aqui, até bordão as meninas criaram pra gente agora”, afirmou ao MidiaMAIS a educadora física e personal trainer, Ana Carolina de Almeida Leão Villegas, de 37 anos.
No entanto, quatro dias antes da polêmica ocorrer, é que Ana Carolina e a também educadora física e personal trainer, Rose Ribeiro, de 43 anos, iniciaram o empreendimento. “Foi um impulso meu e da minha sócia mesmo, porque a gente sempre falava em montar algo para nós, do jeito que a gente imaginava que tinha que ser, tanto na questão de cumprir o atendimento proposto, como também ter toda esta abordagem feminina”, disse Ana Carolina.
Segundo a educadora física, quando ambas davam aulas em academias mistas, o que ocorria é que as alunas falavam de casos de ciúme, por parte do companheiro, tanto pela roupa que usavam como o fato de estarem sendo treinadas por homens. “Tem diversos fatores e, até hoje, existe marido que não permite, então, tem pessoas que possuem essa preferência por uma academia 100% feminina. Mas, no nosso caso, pensamos também em ensinar o exercício corretamente, repetir quantas vezes for necessário”, argumentou.
Nestes 10 dias de estúdio, as educadoras disseram que estão se divertindo muito. “A nossa proposta era justamente essa, de ter olhar para o público feminino e não ver marido falando as coisas em casa. Outra vontade nossa era ter o espaço kids. Eu sou mãe e minha filha fica ali segura comigo. As alunas também podem levar os seus filhos e aí não tem desculpa de não poder ir por conta do filho. É um momento divertido para os dois lados, então, fomos pensando em todas as coisas que estavam nos incomodando e criamos o nosso próprio ambiente, em que as mulheres ficam totalmente à vontade”, finalizou Villegas.
*Matéria originalmente publicada em Mídiamax