Autoridades dos Estados Unidos revelaram nesta quinta-feira (15) que denúncias criminais foram apresentadas contra cinco pessoas relacionadas à morte do ator Matthew Perry, famoso pela série “Friends”. O caso ocorreu em outubro do ano passado. Entre os acusados estão dois médicos e um assistente pessoal de Perry, que, segundo o procurador federal Martin Estrada, faziam parte de “uma ampla rede criminosa clandestina” responsável pela distribuição de grandes quantidades de cetamina ao ator e outras pessoas.
Perry, que faleceu aos 54 anos, foi vítima dos “efeitos agudos” desse potente sedativo, conforme apontou a autópsia. Além de outros fatores, a cetamina contribuiu para que ele perdesse a consciência e se afogasse em sua banheira de hidromassagem. A investigação, que contou com a colaboração de detetives de Los Angeles e agentes federais, ainda está em andamento para entender como Perry obteve o medicamento, conhecido por suas propriedades alucinógenas.
Qual foi o resultado da autópsia de Matthew Perry?
Um relatório emitido em dezembro de 2023 concluiu que o ator morreu devido aos “efeitos agudos da cetamina”. Além disso, os exames toxicológicos indicaram níveis perigosamente altos da substância em seu organismo.
Normalmente, pessoas com essa quantidade de cetamina no corpo são monitoradas por profissionais médicos. Outros fatores adicionais contribuíram para sua morte, incluindo o afogamento, a doença arterial coronariana e os efeitos da buprenorfina, um medicamento para dependência de opioides também encontrado em seu corpo.
Histórico de abuso de substâncias
Matthew Perry admitiu publicamente ter lutado por décadas contra o abuso de medicamentos e álcool, inclusive durante os anos em que interpretou Chandler Bing em “Friends”, sitcom que fez sucesso nos anos 1990. Ele estava sóbrio havia 19 meses antes de sua morte, conforme entrevistas referenciadas na autópsia.
Segundo o relatório da autópsia, entrevistas com testemunhas indicaram que ele estava passando por terapia de infusão de cetamina para tratar a depressão e a ansiedade. No entanto, o último tratamento registrado ocorreu uma semana e meia antes de sua morte, indicando que a cetamina encontrada após o óbito foi introduzida posteriormente.
Atualmente, as autoridades estão analisando a profundidade da rede criminosa e os possíveis impactos legais.
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