regulamentação

Aumento das apostas esportivas trará grande problema a ser resolvido ao longo do tempo, diz especialista

Paulo Marcos Schmitt concedeu entrevista na abertura da Terceira Cúpula de Integridade Esportiva em São Paulo, evento que visa discutir práticas de prevenção à corrupção em jogos de azar

O crescimento das apostas esportivas no Brasil pode representar um desafio a ser enfrentado nos próximos anos.
Paulo Marcos Schmitt, consultor de Integridade do COB e presidente do Comitê de Integridade da Federação Paulista de Futebol, conversa com jornalistas na abertura da 3ª Cúpula da Integridade Esportiva Brasileira – Crédito: Perfil Brasil

O crescimento das apostas esportivas no Brasil pode representar um desafio a ser enfrentado nos próximos anos. De acordo com Paulo Marcos Schmitt, consultor de Integridade do COB e presidente do Comitê de Integridade da Federação Paulista de Futebol, “é certo que o aumento das apostas e o aumento dos patrocínios [de casas de apostas] vão trazer um grande problema a ser solucionado ao longo do tempo”. O especialista conversou com jornalistas na abertura da 3ª Cúpula da Integridade Esportiva Brasileira nesta quarta-feira (4).

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Atualmente, o Brasil vive um momento de transição na regulamentação das apostas esportivas, com projetos em andamento para estabelecer normas mais rígidas. No entanto, Schmitt ressalta que essa regulação “é um assunto extremamente complexo, com várias teias e nuances”. O consultor destaca que é necessário que organizações esportivas, governo, sociedade, além de autoridades policiais e judiciárias, trabalhem em conjunto para identificar e tentar eliminar os problemas de corrupção ligados às apostas.

Além das questões legais, o impacto social é uma das maiores preocupações. Uma pesquisa realizada pelo Departamento de Psiquiatria da Universidade de São Paulo aponta que o Brasil possui uma média de dois milhões de pessoas viciadas em jogos. O cenário, segundo Paulo Schmitt, exige uma abordagem preventiva por parte do governo, com políticas públicas que ajudem a conscientizar a população sobre os riscos das apostas.

Regulamentação das apostas esportivas

Schmitt acrescenta que o governo está empenhado em publicar a portaria de integridade o quanto antes. “A gente faz, até 31/12, dentro desse limbo normativo e falta de informação objetiva, uma reflexão sobre como as casas de apostas que já estão operando no Brasil possam não só se proteger dos problemas, como evitar fraudes ou não estarem tão propensas a serem objeto de fraudes. Nós estamos muito ansiosos, trabalhando com organizações esportivas em geral para que a portaria de integridade seja o quanto antes publicada”.

A partir de janeiro de 2024, as empresas do setor de jogos de azar precisarão se adaptar ao Sistema de Gestão de Apostas (Sigap), criado com a regulamentação da Secretaria de Prêmios e Apostas, vinculada ao Ministério da Fazenda. O Sigap será responsável por estabelecer normas, além de monitorar e fiscalizar o mercado de apostas no país, com o objetivo de garantir maior controle sobre as operações e a segurança dos apostadores.

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