Em recente declaração à Globo, Pedro Lourenço, figura notável do esporte, expressou sua vontade de ver o estádio Mineirão voltar a acolher torcedores de ambas as equipes durante os clássicos. Segundo ele, é fundamental a busca por estratégias que promovam a paz e a coexistência pacífica entre as torcidas, visando superar os atuais obstáculos que impedem tal integração.
Pedro Lourenço, em um encontro inicial com Rubens Menin, empresário e um dos proprietários da SAF do Atlético–MG, discutiu possíveis caminhos para esse objetivo. “A ideia é pacificar o torcedor, acabar com as brigas, as invasões ao campo e aos centros de treinamento. É sobre criticar sem agressão,” ressaltou Pedrinho.
Por que é importante ter duas torcidas no Mineirão?
No entender de Pedrinho, a experiência de ir a um jogo de futebol se valoriza exponencialmente com a presença de torcedores de ambos os times. “Quero ver o Mineirão como eu via na década de 1970. É ruim você ir ao estádio ter só uma torcida. O torcedor merece assistir aos jogos de uma maneira que realmente sinta a emoção do esporte, que é um lazer, não uma guerra”, explicou ele.
Possíveis desafios na implementação da mudança
Apesar do entusiasmo de Pedro Lourenço, existem desafios contratuais significativos que complicam a realização imediata dessa mudança. Atualmente vige um acordo entre os clubes que estipula a realização dos clássicos com apenas uma torcida, vigente até o final de 2025. Além disso, o Cruzeiro, time do qual Pedro é simpatizante, organizará seu último clássico do ano com mando de campo, o que poderia colocá-lo em desvantagem caso o acordo fosse rompido agora.
Uma relação de amizade por trás das conversas
A ligação pessoal entre Pedro Lourenço e Rubens Menin, que já perdura por muitos anos, é um aspecto que poderia facilitar as negociações. Eles foram vistos juntos recentemente, reforçando não apenas suas raízes como empresários bem-sucedidos, mas também como amigos que partilham o mesmo interesse pelo bem-estar do futebol. O bom relacionamento de Pedro com Sérgio Coelho, presidente do Atlético-MG, é mais um ponto favorável que poderia influenciar positivamente nas futuras deliberações.
A última vez que o Mineirão presenciou clássicos com duas torcidas foi em um jogo emocionante no último ano, quando o Cruzeiro venceu o Atlético–MG por 1 a 0. Desde então, em decorrência do acordo vigente, todos os jogos desta natureza têm sido realizados com a presença exclusiva de torcedores da equipe mandante.
Se os planos de Pedro Lourenço avançarem, será necessário um trabalho árduo e persuasivo junto aos diretores e responsáveis pela organização dos eventos, para poderem rever o acordo vigente e reconsiderar uma cultura de futebol que celebre a rivalidade saudável e a paixão pelo esporte.
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