Ex-presidente da CBF, Marco Polo Del Nero pediu a renúncia de Ednaldo Rodrigues, atual comandante da entidade que rege o futebol nacional. Em artigo publicado pelo “UOL”, o ex-dirigente questionou os “rumos financeiros” da Confederação Brasileira de Futebol.
Del Nero está banido do futebol desde 2018 e proibido de exercer qualquer atividade diretiva após envolvimento em escândalos de corrupção. No artigo, o ex-mandatário alegou “enorme preocupação” com a gestão da CBF e acusou Ednaldo de gastar R$ 400 milhões.
“Pelo bem do futebol brasileiro, penso que ele deveria assumir sua incompetência e renunciar. Ou quem tem poder para isso, que é a Assembleia Geral, poderia retirá-lo de lá antes que ele comprometa o futuro do futebol brasileiro como um todo”, seguiu o ex-cartola.
“A saúde financeira da CBF que parecia inabalável parece agora estar em iminente risco. A atual gestão herdou um caixa de R$ 1,25 bilhão e receitas crescentes. E pelo que temos notícia, agora o saldo já está abaixo dos R$ 870 milhões. De abril até agora”, completou.
Segundo o “UOL”, a CBF fechou o primeiro ano da gestão de Ednaldo, em 2022, com R$ 887,9 milhões em cacha. No ano anterior, sob o comando conjunto com Caboclo, foram R$ 723,9 milhões. O caixa de 2020 foi de R$ 873 milhões.
“A pergunta que fica é onde o presidente gastou esses 400 milhões se o que observamos é o futebol brasileiro decaindo, a CBF completamente estagnada, a Seleção Brasileira de mal a pior! Uma bagunça completa, todo mundo insatisfeito, clubes abandonados! Um cenário realmente caótico”, acusou Marco Polo Del Nero.
Como resposta ao “UOL”, a CBF afirmou que as informações divulgadas por Del Nero são falsas. A entidade afirmou que registrou o maior superávit da história em 2022.
“A CBF não comenta fake news. No mais, é público que a entidade teve em 2022 o maior superávit de sua história. Além disso, é público também que a CBF tem feito o maior investimento de sua história, atendendo os esquecidos até anos atrás, como os clubes das Séries C e D e o futebol feminino, o que já foi amplamente noticiado”, rebateu a entidade.
“Tudo isso seguindo cláusulas de transparência e anticorrupção avalizadas pela Fifa, que anos atrás suspendeu repasses à CBF em função de escândalos de corrupção”, completou.