O Corinthians está negociando com a Caixa Econômica Federal a venda de parte de seu estádio na bolsa de valores. As conversas entre o clube e o banco estatal ocorrem há meses. A intenção do Corinthians é se manter como sócio majoritário e controlador de sua arena.
Essa negociação tem como finalidade se livrar do pagamento de juros que financiou a construção do estádio. Nesse ano, o clube deve repassar quase R$100 milhões ao banco, tendo como valor principal mais de R$ 600 milhões, que começará a ser pago somente em 2025.
Segundo Wesley Melo, diretor financeiro do Timão, os investidores que comprarem essas ações receberiam dividendos, como acontece em outros fundos imobiliários, onde os donos das cotas seriam provenientes das receitas que o estádio gera. “É como a gente transforma a Arena em um produto financeiro que o corintiano possa fazer um investimento e a gente juntar um dinheiro tal que consiga negociar com a Caixa e fazer esse pagamento do financeiro”, comentou o diretor.
Sendo assim, qualquer pessoa registrada na bolsa de valores de São Paulo poderia adquirir uma parte do estádio corintiano, inclusive torcedores rivais. “Eu acho que vai ter ali são paulino, santista, palmeirense, aquele mais de finanças, vai entender que é um produto financeiro bom e faz um investimento”, afirmou Wesley.
Em tom de brincadeira, diretor chegou até a dizer que não se importaria caso a presidente do Palmeiras (maior rival do Timão), Leila Pereira comprasse parte do clube. “A Leila é mais do que bem-vinda. Adoraria que ela comprasse, adoraria, não iria me importar, não”, finalizou.
De acordo com o diretor, talvez as negociações não sejam finalizadas até 31 de dezembro, ficando assim para a próxima gestão do clube. A principal torcida organizada do Corinthians, a Gaviões da Fiel, inclusive já se posicionou para as eleições no final do ano, sendo contra a atual gestão de Duílio Monteiro, e declarando apoio para Augusto Melo.
*Texto publicado originalmente em SportBuzz.