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F1: FIA vai utilizar inteligência artificial no GP de Abu Dhabi; entenda

“O que estamos buscando com a IA é reduzir essas 800 possíveis infrações para 50, remover as que claramente não precisam de uma revisão humana”, disse Tim Maylon, chefe do Centro de Operações Remotas da FIA

Segundo Verstappen, não há a expectativa de ter um ano igual ao de 2023 no âmbito de desempenho, mas as previsões são excelentes
Max Verstappen aprova novo carro da Red Bull Racing – Créditos: Getty Images

Prestes a começar o último final de semana de corrida no calendário da Fórmula 1, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) anunciou que o GP de Abu Dhabi terá novidades. De acordo com a entidade, será utilizada uma ferramenta de inteligência artificial para monitorar os limites da pista nas sessões, a fim de acabar com um problema que vem incomodando pilotos e equipes nesta temporada.

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Após o reconhecimento de alguns comissários sobre a dificuldade de reconhecer todos os trechos dos circuitos, a FIA tomou providências e espera minimizar os erros com o uso de inteligência artificial. “O que estamos buscando com a IA é reduzir essas 800 possíveis infrações para 50, remover as que claramente não precisam de uma revisão humana”, disse Tim Maylon, chefe do Centro de Operações Remotas da FIA.

Com essas mudanças positivas na detecção dos limites, a intenção é que os especialistas fiquem cada vez menos sobrecarregados com tantos pedidos. “Isso permitirá que os especialistas analisem um número menor de possíveis infrações, o que deve reduzir ainda mais o número de relatórios enviados aos comissários e acelerar o procedimento”, explicou.

O problema foi escancarado no GP da Áustria, que foi vencido por Max Verstappen, e teve ao todo mais de 1200 episódios de infrações aos limites da pista, de acordo com a FIA. Dessa forma, o resultado da prova teve que ser modificado horas depois, com exclusão de mais de 80 tempos de volta e 12 punições para pilotos do grid.

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“Pode parecer estranho, mas a metodologia com a IA tem muitos paralelos com o atual debate na Medicina, por exemplo, para escanear dados de exames que detectam câncer; e eles não querem usar a Visão Computacional para diagnosticar o câncer, o que eles querem é usá-la para descartar os 80% dos casos em que claramente não há um câncer, a fim de dar às pessoas bem treinadas mais tempo para analisar os outros 20%. E é isso que estamos buscando”, afirmou Maylon.

*texto publicado originalmente em SportBuzz


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