NATAÇÃO

Jogos Parapan-Americanos: Andrey Garbe conecta esporte e humor nas redes sociais

Atleta lida com suas limitações com bom humor

Jogos Parapan-Americanos: Andrey Garbe conecta esporte e humor nas redes sociais
Andrey Garbe (Crédito Foto: Reprodução)

Andrey Garbe, nadador de 26 anos, se prepara para defender o bicampeonato nos 100m costas (classe S9) nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago em dezembro. Além de sua carreira no esporte, ele é influenciador. Após perder a perna direita devido a uma meningite bacteriana aos 18 meses, Garbe aborda o assunto com leveza e humor em suas redes sociais, onde seus vídeos engraçados atraem milhares de seguidores.

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Somando 570 mil seguidores no Instagram e 750 mil no TikTok, o atleta que já foi ouro em Lima (Peru) brinca com a sua condição. Entretanto, Andrey reforça o cuidado para que o humor não se torne capacitismo. Em uma entrevista ao portal ‘Lance’, ele explicou.

“Sempre fui bem-humorado. Por ter perdido a perna quando criança, isso nunca foi um tabu para mim. Assim que decidi começar a gravar, tudo fluiu normalmente. Tento trazer o humor de forma leve para que a deficiência se torne algo natural e comum na sociedade, para que o deficiente seja incluído e até mesmo possa se encontrar em meio às brincadeiras como qualquer outra pessoa. Sei que existe uma linha muito tênue entre esse tipo de humor e o capacitismo, tento ao máximo expressar que rir comigo não é rir de mim ou de outro deficiente”, conta.

Se dividindo entre a carreira de atleta e de influencer, Andrey acredita que a criação de conteúdo para a web é essencial. Competindo em apenas uma prova no Parapan de Santiago, o nadador destaca que vai produzir bastante conteúdo durante a estadia no Chile.

“Os treinos são bem puxados, porém eu tento conciliar ao máximo, porque eu me apaixonei pelo humor e é uma forma que eu tenho de espairecer fazendo os vídeos”, disse.

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Andrey encontrou na influência online uma fonte de renda significativa, superando até mesmo os ganhos no esporte. No entanto, ele adota uma abordagem cautelosa, reconhecendo a incerteza sobre a sustentabilidade financeira dessa área a longo prazo. Sua popularidade nas redes sociais aumentou o interesse do público em acompanhar suas conquistas esportivas. Ele observa um crescente interesse da população brasileira pelo esporte paralímpico desde os Jogos de 2016 no Rio de Janeiro, mas acredita que ainda há espaço para mais apoio e engajamento nesse cenário.

Apesar de receber algumas críticas negativas, em geral, Andrey avalia a repercussão do seu conteúdo de forma saudável. Além disso, acaba conectando outras pessoas com deficiência ao esporte. “Pelos feedbacks que eu recebo, sim. Muitos deficientes amam meu conteúdo, mas nunca temos como agradar a todos. Também já recebi mensagens de pessoas que não gostam, e eu respeito a opinião delas”, encerrou.

*com colaboração de Savanna Machado

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