Por fim, a justiça australiana decidiu aceitar o recurso apresentado pelos advogados de Novak Djokovic e o melhor tenista do mundo será liberado do hotel para refugiados onde estava detido em isolamento por não apresentar o certificado de vacinação para participar do Australian Open. Além de sua libertação, o governo local apresentaria uma ordem para revogar seu visto e impedi-lo de jogar o Grand Slam.
Essa novela do melhor tenista do mundo e sua posição antivacina, acrescentou outro episódio no início da segunda semana do ano, depois que o juiz Anthony Kelly, do Tribunal Federal do Circuito de Melbourne, deu ordem para libertar o sérvio e repará-lo economicamente.
Os problemas para Djokovic começaram quando o governo australiano decidiu colocá-lo em um hotel para refugiados na cidade de Melbourne, na Austrália, por não apresentar os papéis que atestavam a vacinação para participar do primeiro dos quatro grandes torneios de primeiro nível do Tênis.
O assunto ganhou relevância mundial e até acrescentou opiniões de seus colegas, entre eles os lendários Rafael Nadal e Roger Federer, que falaram de responsabilidade e questionaram a decisão do sérvio de não querer ser imunizado.
O cenário, no entanto, não seria um tapete vermelho estendido para o tenista número um, como o advogado que representa o governo australiano, Christopher Tan, anunciou após a decisão do tribunal que o ministro da imigração, Alex Hawke, considera exercer uma equipe de poder para cancelar o visto do atleta e negar sua participação no Australian Open.
Esta decisão está diretamente ancorada na carreira esportiva do sérvio, relata o The Guardian, já que prejudicaria seu objetivo de ser o tenista com mais títulos de Grand Slam da história, porque o deixaria fora do país por três anos.
O Australian Open é o primeiro de quatro grandes torneios de tênis disputados no início do ano, junto com Roland Garros, Wimbledon e o US Open.
O objetivo do sérvio é erguer o troféu do oceano para chegar ao seu 21º Grand Slam e ultrapassar Federar e Nadal nesse ranking.
Argumentos de defesa de Novak Djokovic
Os advogados do tenista levantaram neste domingo que seu pedido de dispensa médica para jogar o Australian Open sem ser vacinado se devia ao fato de ele ter se infectado com o coronavírus em dezembro.
“A data do primeiro teste de PCR cobiçado positivo foi 16 de dezembro de 2021”, explicaram os advogados da estratégia de defesa para anular a revogação de seu visto.
Na carta, eles também pediam que ele fosse transferido do Park Hotel em Melbourne para outro local com instalações para treinar para o torneio que já começou preliminarmente, mas que os tenistas de primeira linha começam no dia 17 de janeiro.
A federação australiana de tênis tinha, em princípio, aceito os certificados de isenção do tenista, mas a proibição foi aplicada pelo governo local e pelo ministério da imigração liderado por Alex Hawke.
GI cp
*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião da Perfil Brasil.
*Texto publicado originalmente no site Perfil Argentina.