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Leila Pereira explica coletiva só com mulheres: “Que seja um marco”

Ela revelou que, após o anúncio, foi questionada pela decisão e reforçou que precisa dar oportunidades. A presidente do clube paulista, única mulher no cargo entre clubes grandes da América do Sul, destacou a ação

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Leila Mejdalani Pereira – Crédito: Alexandre Schneider/Getty Images

Presidente do Palmeiras, Leila Pereira promoveu nesta terça-feira, 16, uma coletiva de imprensa apenas para jornalistas mulheres. A mandatária iniciou a conversa explicando a decisão de não ter homens desta vez.

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Ela revelou que, após o anúncio, foi questionada pela decisão e reforçou que precisa dar oportunidades. A presidente do clube paulista, única mulher no cargo entre clubes grandes da América do Sul, destacou a ação.

“É um prazer estar com vocês em um dia que posso dizer, sem sombra de dúvidas, para nós mulheres é histórico. Não conheço em nenhum caso, no mundo, uma entrevista coletiva termos convidadas somente mulheres. E quando nós tivemos a ideia, nós divulgamos e por incrível que pareça, vi muitas nem críticas, mas perguntas de homens, do porquê só mulheres. Digo aos homens: não sejam histéricos, não falam isto da gente quando reclamamos que precisamos ser ouvidas? Não somos histéricas”, começou a presidente.

“Queremos que hoje este encontro, durante 1h em que estivemos todas juntas, que eles sintam o que nós mulheres, eles vão sentir em 1h, sem nenhum homem, quero que eles sintam em 1h, o que sentimos desde que nascemos. Quero que sintam que toda a sociedade foque nisso, que nós mulheres não queremos privilégio”, completou.

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Leila prosseguiu com o pronunciamento e destacou que “estar solitária” não deve ser normalizado. A presidente do Verdão afirmou que a coletiva não foi motivada por uma notícia “bombástica”, apesar da renovação de Abel Ferreira até o fim de 2025.

“Eu me sinto extremamente solitária, então temos de dar um basta nisso. Um basta. Não pode ser normal. Ter uma mulher só na frente de um grande clube na América do Sul. Isto não é normal. Por que acontece? Porque sofremos diversas restrições que nos impedem chegar aonde podemos chegar”, disse.

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“Muitas pessoas esperando uma notícia bombástica, o que para mim é extremamente relevante é que a sociedade nos enxergue como pessoas que querem ocupar os lugares que temos capacidade para tanto”, acrescentou.

“Que hoje seja um marco para nós mulheres nos posicionarmos sempre. Somos capazes, só queremos mais oportunidades. E como vocês sabem, cheguei agora, não falei com nenhuma de vocês, as perguntas serão abertas, e a presidente está à disposição de vocês”, completou.

** Texto originalmente publicado no SportBuzz.

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