A atacante suíça Alisha Lehmann, atualmente jogando pela Juventus, revisitou um tema controverso e importante: a disparidade salarial entre homens e mulheres no futebol. Em recente entrevista ao jornal italiano “Gazzetta dello Sport”, a jogadora mencionou seu namorado, o brasileiro Douglas Luiz, também jogador da Juventus, como exemplo dessa desigualdade.
Com apenas 25 anos, Alisha tem usado sua plataforma para destacar essa disparidade, sublinhando a discrepância salarial que existe mesmo quando os jogadores desempenham as mesmas funções dentro do clube. Ela afirmou que sempre conversa com Douglas após os treinamentos e expressa seu descontentamento com a situação.
Desigualdade salarial no futebol
“Falamos sobre essa questão e é evidente que a situação não é justa”, disse Alisha. “Fazemos o mesmo trabalho e ele ganha cem mil vezes mais que eu. Como mulher, é um assunto que me toca profundamente. Acredito que levará muito tempo para atingir a igualdade, mas claramente estamos no caminho.”
Essa disparidade não é uma novidade no mundo do esporte, mas como Alisha apresenta o problema usando um exemplo direto dentro do próprio clube, chama atenção para a questão de maneira pessoal e contextualizada.
Alisha e Douglas Luiz: um casal em duas frentes
Alisha e Douglas Luiz têm uma história compartilhada que inclui não apenas seu relacionamento pessoal, iniciado em 2021, mas também sua trajetória profissional. Ambos jogaram pelo Aston Villa na primeira divisão inglesa antes de se transferirem para a Juventus após a temporada 2023/24.
O casal reatou recentemente e agora defende as cores da Juventus em suas respectivas ligas. Enquanto Alisha luta por reconhecimento e igualdade no futebol feminino, Douglas continua sua carreira no futebol masculino, com muito mais visibilidade e, consequentemente, remuneração.
Popularidade nas redes sociais e a Copa do Mundo Feminina
Alisha Lehmann é extremamente popular nas redes sociais, com mais de 16 milhões de seguidores no Instagram. Esta exposição trouxe ainda mais atenção para sua carreira e a questão da igualdade salarial. Ela representou a Suíça na Copa do Mundo Feminina de 2023, participando de duas partidas da primeira fase antes de sua equipe ser eliminada pela Espanha nas oitavas de final.
“Provavelmente, a Copa do Mundo Feminina foi o quinto evento esportivo mais assistido no mundo, mais até do que o Super Bowl. Isso é uma loucura. Está claro que devemos ter os mesmos ganhos que o futebol masculino”, afirmou Alisha na entrevista.
Como a desigualdade salaria é sentida no dia a dia dos jogadores?
Essa diferença salarial é refletida em todos os aspectos da vida dos jogadores. Para Alisha, a frustração vem da constatação de que, apesar de treinar e se dedicar tanto quanto seus colegas homens, a falta de reconhecimento financeiro perpétua a desigualdade de gênero no esporte.
- Exposição na mídia: eventos femininos muitas vezes recebem menos cobertura e, portanto, menos patrocínio.
- Infraestrutura: Clubes femininos frequentemente têm acesso inferior a instalações e suporte médico.
- Oportunidades: Mulheres têm menos oportunidades de desenvolvimento e coaching de alto nível.
O caminho para a igualdade no futebol
A caminhada para a igualdade salarial no futebol é longa, mas movimentos e vozes como a de Alisha Lehmann são essenciais para acelerar esse processo. A conscientização e a pressão sobre as organizações esportivas podem trazer mudanças significativas.
- Conscientização e defesa pública da igualdade salarial.
- Campanhas de mídia para aumentar a visibilidade do futebol feminino.
- Investimentos em infraestrutura e suporte para o futebol feminino.
- Educação e treinamento para dirigentes e gestores esportivos sobre a importância da equidade de gênero.
Enquanto Alisha Lehmann continua a brilhar em campo e fora dele, a mensagem de igualdade salarial no futebol ressoa mais forte do que nunca, inspirando uma nova geração de atletas a lutar por seus direitos e reconhecimento.
Siga a gente no Google Notícias