PUNIDO

NBB: Denúncia de racismo resulta em 10 Jogos de suspensão para Copello

A condenação do armador argentino baseia-se no artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que trata do “praticar ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante relacionado a preconceito em razão de origem étnica, raça”

nbb-denuncia-copello
Nicolás Copello – Crédito: Reprodução/Youtube

O armador argentino Nicolás Copello, do Minas, foi suspenso por 10 jogos pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) da Liga Nacional de Basquete (LNB). A punição decorre de acusações de proferir comentários racistas contra Matheus Santos, conhecido como Buiú, jogador do Cerrado Basquete. Além da suspensão, Copello também receberá uma multa no valor de oito mil reais. Ressalta-se que a decisão está sujeita a recurso.

Publicidade

A condenação de Copello baseia-se no artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que trata do “praticar ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante relacionado a preconceito em razão de origem étnica, raça”. A pena de 10 jogos de suspensão é a punição máxima prevista para esse tipo de infração.

As alegadas ofensas ocorreram nos minutos finais da partida entre Minas e Cerrado Basquete, válida pelo NBB. Buiú afirma ter sido alvo de comentários pejorativos, sendo chamado de “negro de m…” enquanto um companheiro se preparava para cobrar lances livres. Diante do ocorrido, o armador do time brasiliense solicitou a interrupção da partida e registrou um boletim de ocorrência na 2ª Delegacia de Polícia Civil, em Belo Horizonte.

No julgamento realizado na noite de quinta-feira, o STJD também avalia as punições para outros atletas e para o próprio Minas. Gemerson Barbosa, jogador do time mineiro, e Ítalo Honorato, do Cerrado, foram absolvidos em relação à participação na confusão gerada após a denúncia de racismo. Contudo, Ítalo Honorato recebeu uma advertência por “assumir conduta contrária à disciplina ou ética desportiva”.

Além disso, o Minas, como mandante da partida contra o Cerrado, foi multado em mil reais por “deixar de cumprir ou dificultar o cumprimento de regulamento de competição”. Tanto o clube mineiro quanto a procuradoria têm a possibilidade de recorrer das decisões proferidas durante o julgamento. O caso destaca a importância do combate ao racismo no esporte e a necessidade de medidas efetivas para coibir atos discriminatórios.

Publicidade

* Texto originalmente publicado no SportBuzz.

Assine nossa newsletter

Cadastre-se para receber grátis o Menu Executivo Perfil Brasil, com todo conteúdo, análises e a cobertura mais completa.

Grátis em sua caixa de entrada. Pode cancelar quando quiser.