O recente escândalo envolvendo o Sport Club Corinthians Paulista e a empresa patrocinadora VaideBet, relacionado ao recebimento de R$ 56 milhões por intermediárias financeiras, está sob escrutínio das autoridades desde maio deste ano. Três empresas mediadoras de pagamentos estão no centro da controvérsia: a Otsafe – Intermediação de Negócios, juntamente com duas filiais da Pagfast EFX Facilitadora de Pagamentos.
Procedimentos questionáveis na intermediação de pagamentos
Conforme as normas estabelecidas, qualquer modificação no modo de processamento dos pagamentos com terceiros deveria ser submetida à autorização formal do Corinthians. Conforme as autoridades, ainda não foi apresentada nenhuma prova que comprove tal autorização. Até o momento, o clube está sob pressão para esclarecer seu papel e fornecer provas documentais sobre a permissão emitida às intermediárias.
Uma das solicitações críticas no processo investigativo é determinar se houve autorização prévia e formal da diretoria do clube para que as intermediárias realizassem transferências como parte do contrato com a VaideBet. Segundo um ofício interno, é requisitado do clube a explicação sobre como essa aprovação teria ocorrido, e, se documentada, o envio das respectivas comprovações por escrito.
Contato e depoimentos envolvendo o clube e investigadores
A polícia civil, através do delegado Tiago Fernando Correia, instou o clube a fornecer informações de contato de funcionários de alto escalão, como o superintendente financeiro Luís Ricardo Alves, conhecido como Seedorf. A intenção é prosseguir com a colheita de novos depoimentos por plataformas de comunicação online, após um primeiro depoimento interrompido por questões legais em setembro.
O objetivo da comunicação é obter um relato completo de Seedorf a respeito do caso, já que, durante o depoimento inicial, houve interrupções alegadamente causadas por interferências de seu advogado, que buscava orientar as respostas do superintendente.
Desenvolvimentos recentes na investigação
O Corinthians, em comunicado oficial, afirmou-se como a principal parte interessada na resolução do caso, alegando ser a maior vítima de qualquer irregularidade ocorrida. O clube expressou que deseja colaborar ativamente com o andamento das investigações, mantendo-se disponível para auxiliar as autoridades na elucidação dos fatos.
A investigação, conduzida pela Terceira Delegacia da Polícia Civil, busca desvendar possíveis envolvimentos de figuras fictícias ou de fachada que possam ter facilitado uma intermediação ilícita no contrato entre o clube e a patrocinadora. Enquanto as apurações prosseguem, o interesse público cresce em torno do caso, aguardando esclarecimentos que possam emergir nas próximas semanas.
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