PIOR TEMPORADA

EUA: O que torna o furacão Milton tão perigoso?

Autoridades americanas alertam para os impactos potencialmente fatais do furacão Milton à medida que ele se aproxima da costa da Flórida

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Furacão Milton tem potencial destruidor – Crédito: NOAA

Destruidor”. “Mortal”. Estes são os termos utilizados por especialistas para falar do furacão Milton, que se aproxima de Tampa, na Flórida nesta quinta-feira (10). Porém, o que torna o fenômeno tão diferenciado?

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Furacão Milton

Com força capaz de atingir categoria máxima em um intervalo de menos de 24 horas, o Milton é o terceiro furacão de grande potencial destrutivo que chega aos Estados Unidos em um intervalo de três meses. A prefeita de Tampa, Jane Castor, alertou para risco de morte devido à passagem do fenômeno, principalmente em áreas mais vulneráveis.

Entre junho e julho, o furacão Beryl surgiu no Caribe. No mês passado, o furacão Helene atingiu seis estados americanos, deixando 200 mortos e muita destruição.

Pior temporada de furacões

Nos últimos anos, os furacões têm se tornado um tema cada vez mais presente nas discussões meteorológicas e ambientais, especialmente devido ao aumento expressivo de sua frequência e intensidade. Esse fenômeno, que também é conhecido como ciclone tropical, está intimamente ligado a fatores como o aquecimento dos oceanos e mudanças climáticas globais.

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Com uma influência direta na formação e na força das tempestades, o aquecimento dos oceanos é uma preocupação crescente para meteorologistas e cientistas ambientais ao redor do mundo. A transição para eventos climáticos, como o La Niña, também desempenha um papel significativo na intensificação desses sistemas meteorológicos, aumentando ainda mais a urgência de compreensão e ação.

“Para ganharem força, os furacões precisam de um oceano muito quente para usar de combustível. Então, quanto mais quente o oceano, mais forte deve ser a tempestade”, explica Fábio Luengo, meteorologista da Climatempo, ao G1.

Por fim, de acordo com estudo publicado na “Scientific Reports” em 2023, há evidências de que as tempestades que surgiram no Oceano Atlântico têm mais que o dobro de chances de se intensificarem rapidamente. O estudo compara o período de 1971 a 1990 aos dias de hoje. Isso significa que furacões podem passar de categoria 1 para categoria 3 em curtos períodos de 36 horas. É o caso do Milton.

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