estupro coletivo

Robinho cumprirá pena no Brasil, decide STJ

A defesa do atleta ainda pode recorrer no Supremo Tribunal Federal (STF)

O Superior Tribunal de Justiça decidiu, por nove votos a dois, nesta quarta-feira (20), que o ex-jogador de futebol Robinho deverá cumprir sua pena por estupro no Brasil.
Votação foi de nove votos a favor e dois contra – Créditos: X/Reprodução

O Superior Tribunal de Justiça decidiu, por nove votos a dois, nesta quarta-feira (20), que o ex-jogador de futebol Robinho deverá cumprir sua pena por estupro no Brasil. A defesa do atleta ainda pode recorrer no Supremo Tribunal Federal (STF). A votação ainda não se encerrou, porém, como o pleito conta com 15 dos 33 ministros do STJ, a maioria já foi formada.

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Robinho foi condenado, em todas as instâncias, na Itália por nove anos pela participação no estupro coletivo de uma jovem em Milão, quando atuava pelo Milan. Segundo a decisão do STJ, não haverá outro julgamento no Brasil. “Entendo que não há óbice constitucional para homologação da execução da pena. A sentença foi confirmado pelo tribunal de Milão, que é a autoridade competente”, afirmou o ministro Francisco Falcão, relator do caso.

“Negar a transferência da pena pelo simples fato de ser brasileiro poderá acarretar consequências gravosas à relação Brasil e Itália com relação a execução do tratado”, completou.

Por que Robinho não podia ser preso?

A pena foi homologada pela Justiça italiana, portanto, caso o ex-atleta pisasse em solo italiano, seria imediatamente preso. Entretanto, como ele viajou ao Brasil, a Constituição, por meio inciso LI (51) de seu artigo 5º, proíbe a extradição de brasileiros natos em casos de crime comum. Logo, o natural de São Vicente, no litoral paulista, por enquanto, conseguia esquivar-se a pena.

Além disso, há um pacto particular entre Itália e Brasil, firmado em 1993, que afirma que a cooperação entre as duas nações “não compreenderá a execução de medidas restritivas da liberdade pessoal nem a execução de condenações”. Aliás, um dos ministros que votou contra a medida, Raul Araújo, justificou que, por ser um brasileiro nato, Robinho estava impedido de cumprir sua pena em solo brasileiro.

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