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“Sentença histórica”, diz especialista em Direito Internacional sobre condenação de Daniel Alves

A professora de Direito Internacional da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Ana Cláudia Ruy Cardia, analisa o julgamento do ex-jogador e os desdobramentos do caso

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Daniel Alves – Crédito: Reprodução

Assim que a condenação de Daniel Alves foi divulgada, muitas foram as dúvidas em relação ao cumprimento da pena. No início do processo, a defesa do ex-jogador realizou uma indenização voluntária de 150 mil euros (800 mil reais). O valor foi doado pelo atacante Neymar. A intenção, de reparar danos para a vítima, deu certo: a pena do agressor foi abrandada.

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Já a justificativa de embriaguez  para deixar a pena mais leve não foi levada em consideração, embora o Código Penal Espanhol tenha como norma a redução de pena se for comprovado o abuso de bebidas alcoólicas. Assim, não ficou comprovado que o ex-jogador teve as “faculdades cognitivas” impactadas pelo uso de bebidas.

Especialista esclarece caso Daniel Alves

À Perfil Brasil, a professora de Direito Internacional da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Ana Cláudia Ruy Cardia, explicou o que fez com que este pagamento fosse um atenuante da pena.  Mesmo assim, com uma pena menor do que a defesa da vítima esperava, a especialista considera “histórico” o resultado. Ela explica, ainda, que Daniel Alves já está preso preventivamente há 13 meses e esse tempo pode ser abatido da pena.

Questionada sobre a exposição da identidade da vítima por parte da mãe de Daniel Alves, Ana Cláudia afirma que, sim, pode haver punição.

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Entenda o caso

A decisão do julgamento, que aconteceu entre 5 e 7 de fevereiro, foi divulgada ao jogador e à acusação no Tribunal de Justiça da Espanha, após 399 dias da prisão preventiva do jogador, que aconteceu em 20 de janeiro de 2023 e 420 dias após o crime.

O caso aconteceu em 30 de dezembro de 2022. Teve início com a ativação de um protocolo chamado “No callem“, que auxilia vítimas de violência sexual no momento (ou quase) em que o crime acontece. O protocolo foi acionado a partir do momento em que a vítima disse ao segurança da boate Sutton que havia sido violentada.

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