risco de fome

Apesar de pressão por trégua, Israel bombardeia a Faixa de Gaza

Na manhã desta quarta-feira, uma nuvem de fumaça espessa emanava de uma área densamente povoada no norte da Palestina

Forças israelenses prosseguiram com os bombardeios e combates no sul da Faixa de Gaza nesta quarta-feira (27).
Bombardeio em Gaza – Crédito: Getty Images

Forças israelenses prosseguiram com os bombardeios e combates no sul da Faixa de Gaza nesta quarta-feira (27). O ataque ocorreu em meio à pressão internacional por uma trégua imediata no território palestino. A população local enfrenta o risco de fome severa.

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Os combates prosseguiram por dois dias sem interrupção desde que o Conselho de Segurança da ONU aprovou a resolução de “cessar-fogo imediato”. O conselho exigiu também a libertação de 130 reféns israelenses que permanecem em Gaza, incluindo 34 deles, que as autoridades de Israel acreditam que foram mortos.

Na manhã desta quarta-feira, uma nuvem de fumaça espessa emanava de uma área densamente povoada no norte da Faixa de Gaza. As forças israelenses também cercaram dois hospitais em Khan Yunis, onde morreram 12 pessoas, incluindo crianças, em um bombardeio contra um campo de refugiados, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.

A entidade afirmou ainda que 70 pessoas morreram durante a noite de terça-feira, 13 delas em ataques aéreos perto de Rafah. Quase 1,5 milhão de pessoas estão aglomeradas na região, muitas delas para fugir dos bombardeios israelenses.

OA organização humanitária Crescente Vermelho Palestino alertou que milhares de pessoas estão presas no hospital Nasser de Khan Yunis e que “suas vidas correm perigo”.

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Fome em Gaza

A necessidade de ajuda humanitária em Gaza é urgente, contudo, Hamas pediu aos países doadores que interrompam o lançamento aéreo de pacotes. Isso porque 12 pessoas morreram afogadas tentando recuperar os alimentos na costa de Gaza.

O movimento islamista palestino e a Euro-Med Human Rights Monitor, da Suíça, informaram que outras seis pessoas morreram em tumultos registrados quando tentavam alcançar a ajuda lançada com paraquedas.

“As pessoas morrem tentando conseguir uma lata de atum”, disse à AFP Mohamad Al Sabaawi, morador de Gaza, mostrando a única lata que conseguiu pegar após uma confusão na área de lançamento de ajuda.

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Apesar do apelo, o governo dos Estados Unidos anunciou que continuará utilizando este método. Ao mesmo tempo que “trabalha incansavelmente para aumentar o envio de ajuda humanitária por via terrestre”.

O Hamas também exigiu que Israel permita a entrada de mais caminhões de ajuda no território, que segundo a ONU está à beira de uma “fome criada pelo homem”.

A guerra, desencadeada pelo ataque do Hamas contra Israel em 7 de outubro, destruiu a infraestrutura de Gaza. As agências de ajuda afirmam que os 2,4 milhões de habitantes do território precisam de ajuda humanitária.

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 * Sob supervisão de Lilian Coelho

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