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Após invadir o maior hospital de Gaza, Israel dá ultimato ao Hamas

Até o último domingo, segundo a OMS, havia aproximadamente 1.500 refugiados, 600 pacientes e 500 médicos e funcionários no Al-Shifa

O maior hospital da Faixa de Gaza, o Al-Shifa, foi invadido nesta quarta-feira (15) por forças do Exército de Israel.
(Crédito: Ahmad Hasaballah/Getty Images)

O maior hospital da Faixa de Gaza, o Al-Shifa, foi invadido nesta quarta-feira (15) por forças do Exército de Israel. Houve uma breve troca de tiros na entrada da unidade e, após a entrada das tropas, palestinos passaram a ser interrogados conforme o prédio foi tomado.

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Segundo apuração do jornal The New York Times, um oficial sênior do Exército israelense afirmou que suas esquilos encontraram armamento dentro do hospital, mas negou o pedido de apresentar provas ou dar mais detalhes, porque a operação “ainda estava ocorrendo”. O acesso a informações é limitado, uma vez que os meios de comunicação foram cortados em Gaza.

Até o último domingo (12), segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), havia aproximadamente 1.500 refugiados, 600 pacientes e 500 médicos e funcionários no Al-Shifa. “A operação é baseada em inteligência e necessidade operacional. A ação não quer machucar pacientes, profissionais de saúde ou os cidadãos que estão no hospital“, disse o porta-voz militar das Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês), Daniel Hagari.

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As IDF afirmaram, ainda, que possuem equipes médicas que falam árabe e podem atuar na unidade, e que deram 12 horas para que o Hamas se rendesse. “Infelizmente, eles não o fizeram“, disseram as Forças em uma publicação na rede social X.

Durante anos, Israel afirmou que o Hamas construiu um centro de comando militar embaixo do hospital, transformando os seus pacientes em escudos humanos. Os militares israelenses apresentaram o hospital como alvo horas antes das suas tropas entrarem em Gaza no mês passado, em resposta ao ataque liderado pelo Hamas a Israel em 7 de Outubro, que, segundo autoridades do Estado judeu, matou cerca de 1.200 pessoas.

Para os palestinos, o Hospital Al-Shifa é uma instituição civil que durante semanas serviu de refúgio para milhares de deslocados de Gaza, além de doentes e feridos em estado grave. O Hamas e a liderança do hospital negam a sua utilização como base militar. Os ataques israelenses à Faixa mataram mais de 11.000 palestinos desde o dia 7 de outubro, incluindo mais de 4.600 crianças, segundo autoridades de saúde de Gaza – uma das maiores baixas em qualquer ataque aéreo deste século.

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