Na manhã de quarta-feira, 2, um ataque brutal ocorrido na cidade de Jaffa, próxima à metrópole israelense Tel Aviv, deixou sete pessoas mortas e várias outras feridas. O grupo palestino Hamas, por meio de sua ala militar, as Brigadas Ezzedine Al-Qassam, reivindicou a autoria do ataque. Este incidente acontece em um contexto já tenso, com múltiplos conflitos que têm abalado a região nos últimos meses.
O ataque, descrito como “heroico” pelos autores, foi realizado por Mohammed Misk e Ahmed al-Haimoni, ambos originários da cidade de Hebron, na Cisjordânia ocupada. A investida fatal teve início em um vagão de trem leve, onde os agressores abriram fogo contra os passageiros, resultando em mortes e ferimentos antes de serem “neutralizados” pelas forças de segurança israelenses.
مع السلامة يا مسك فايح مع السلامة
— 7OK.bsky.social (@7ok.bsky.social) October 1, 2024 at 5:28 PM
Os agressores estavam armados com um fuzil de assalto e uma faca, o que facilitou sua ação violenta em plena estação de trem. Testemunhas relataram momentos de pânico enquanto os tiros eram disparados. Este ataque coincidiu com outra movimentação militar significativa, quando o Irã lançou uma série de foguetes contra Israel, forçando civis a buscarem abrigo em abrigos antiaéreos.
Conflito entre Israel e Hamas: contexto e números
Desde o início do conflito no início de outubro, foi contabilizada uma tragédia humanitária de grandes proporções. De acordo com as autoridades palestinas, mais de 41 mil pessoas morreram e aproximadamente 96 mil ficaram feridas devido aos ataques de Israel em Gaza. Por sua vez, os números israelenses, compilados pela Al Jazeera, reportam 1.139 mortes e cerca de 250 pessoas tomadas como reféns em ataques liderados pelo Hamas.
A violência não tem se limitado apenas a Gaza. O aumento dos confrontos na Cisjordânia evidencia ainda mais a complexidade do conflito. Desde outubro, pelo menos 682 palestinos foram mortos em ataques ou confrontos com tropas israelenses ou colonos, segundo o Ministério da Saúde palestino. Estas ações indicam um ciclo de violência crescente que preocupa a comunidade internacional e gera instabilidade em toda a região.
As forças de segurança israelenses, além de eliminar um dos atacantes e ferir gravemente o outro, detiveram vários suspeitos em Hebron e Jerusalém, acreditando que estes teriam auxiliado na execução do ataque. O cenário político-militar é tenso e é incerto quanto tempo ainda persistirá este clima de hostilidade. A resposta severa de ambos os lados ressalta a dificuldade de se encontrar um caminho pacífico para encerrar as hostilidades.