CRISE NO LÍBANO

Atraso em voo de repatriação causa revolta: “perdemos a esperança”

O retorno ao Brasil, previsto inicialmente para uma sexta-feira, foi postergado, afetando cerca de 240 cidadãos prontos para embarcar

Recentemente, a FAB anunciou o adiamento do primeiro voo de repatriação devido a bombardeios nas proximidades do Aeroporto de Beirute
Recentemente, a FAB anunciou o adiamento do primeiro voo de repatriação devido a bombardeios nas proximidades do Aeroporto de Beirute – Crédito: FAB / Divulgação

A crescente tensão no Oriente Médio tem afetado diretamente a vida de muitos brasileiros que se encontram no Líbano. Recentemente, a Força Aérea Brasileira (FAB) anunciou o adiamento por 24 horas do primeiro voo de repatriação devido a bombardeios nas proximidades do Aeroporto de Beirute. O retorno ao Brasil, previsto inicialmente para uma sexta-feira, foi postergado, afetando cerca de 240 cidadãos prontos para embarcar.

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Entre as centenas que aguardam ansiosamente sua vez, muitos expressam gratidão pelo esforço do governo brasileiro. No entanto, a incerteza sobre o futuro e a segurança aumenta a cada dia, especialmente para aqueles que vivem em áreas mais perigosas, como relatado por Leni Souza, uma brasileira abrigada em uma zona montanhosa próxima à capital libanesa. Ela e outros compatriotas compartilham informações principalmente através de grupos de mensagens da Embaixada do Brasil no Líbano.

Desafios e medos: a espera pela repatriação

De acordo com a CNN, a situação de Rajaa Ibrahim, que vive no Líbano há cinco anos com seus filhos Alícia e Ibrahim, exemplifica os desafios enfrentados por muitos. Residente ao norte de Beirute, Rajaa manifesta o medo constante das explosões e do conflito. Suas preocupações aumentam à medida que seus filhos enfrentam a realidade brutal da guerra.

A proporção da ameaça é ainda mais crítica para aqueles próximos à fronteira sul do Líbano, onde o Hezbollah e Israel há meses trocam hostilidades. Com o cenário cada vez mais volátil, o desespero cresce entre os cidadãos que se sentem presos em um território sob constante ameaça.

Por que o conflito no Oriente Médio se agravou?

O aumento das tensões no Oriente Médio é impulsionado por várias frentes de conflito, com a recente agressão marcando um novo ponto culminante. Em batalha, Israel e o Eixo da Resistência, apoiado pelo Irã, se enfrentam intensamente. Com sete frentes de conflito abertas, a complexidade geopolítica da região é vasta e interligada a disputas históricas.

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  • Hamas na Faixa de Gaza: Buscando erradicar o domínio do grupo, Israel intensifica suas operações.
  • Hezbollah no Líbano: Conflitos persistentes na região, com ações significativas de Israel.
  • Conflitos Sírios e Iraqianos: Presença de milícias apoiadas pelo Irã que criam mais instabilidade.

O cenário de conflito tem atraído atenção internacional, com muitos países clamando por negociações pacíficas. O Brasil, por sua vez, tentou priorizar a segurança de seus cidadãos no exterior por meio de operações de repatriação. No entanto, a diplomacia envolvida nesses processos e o planejamento logístico permanecem desafiadores.

Enquanto isso, o Itamaraty condenou a violência contínua, pedindo um cessar-fogo imediato.

O panorama atual no Oriente Médio reflete a necessidade urgente de soluções diplomáticas e humanitárias. Para os brasileiros presos no Líbano, a espera continua, marcada por esperança e resiliência contra um pano de fundo de incerteza global.

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