Após 8 anos do início da investigação em torno da explosão que derrubou o voo MH17 da Malaysia Airlines, um tribunal holandês chegou à conclusão de que o avião foi derrubado por um míssil russo. A aeronave fazia o trajeto de Amsterdam a Kuala Lumpur, na Malásia, quando foi derrubada sobre a Ucrânia.
O tribunal apontou Igor Guirkine, Sergueï Doubinski e Leonid Khartchenko, membros do serviço secreto russo, como responsáveis finais pelo caso e os condenou à prisão perpétua. O míssil matou as 283 pessoas que estavam no avião, além de toda a tripulação.
“Diante do crime cometido pelos suspeitos, que causou tanto sofrimento a tantas vítimas e a seus familiares, a punição mais severa é necessária“, disse o juiz Hendrik Steenhuis.
O míssil foi disparado por forças separatistas do leste ucraniano, que na época viviam uma guerra civil contra o governo de Kiev, mas agora foram incorporadas por Moscou. O julgamento do tribunal aponta Guirkine, Doubinski e Khartchenko como responsáveis por terem contrabandeado o armamento para os rebeldes. O governo russo nega envolvimento.
Nas redes sociais, líderes ucranianos elogiaram a decisão e reconheceram sua importância em relação à guerra que o país enfrenta. “Responsabilizar os mandantes também é crucial, pois o sentimento de impunidade leva a novos crimes. Nós precisamos acabar com essa ilusão. A punição por todas as atrocidades das forças russas de ontem e hoje é inevitável“, escreveu Volodymyr Zelensky no Twitter.
Important court decision in The Hague. First sentences for the perpetrators of #MH17 downing. Holding to account masterminds is crucial too, as the feeling of impunity leads to new crimes. We must dispel this illusion. Punishment for all RF’s atrocities then & now is inevitable.
— Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) November 17, 2022