QUAIS OS IMPACTOS NO BRASIL?

China pode injetar 1 trilhão de yuans para os cidadãos

China pode injetar 1 trilhão de yuans para os cidadãos
Bandeira da China – Crédito: depositphotos.com / phillyo77

A China considera injetar 1 trilhão de yuans (cerca de R$ 800 bilhões) diretamente na economia doméstica, como incentivo ao consumo. A proposta, originada pelo economista de renome Li Daokui, sugere uma abordagem inovadora para revitalizar a demanda interna.

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Esse movimento tem ganhado força nos círculos internos do governo da China, em um esforço para combater a desaceleração econômica que tem desafiado a nação. Segundo Li Daokui, o apoio ao consumo, em vez de se concentrar puramente na oferta, é importante para superar os atuais entraves econômicos.

Proposta de estímulo ao consumo do governo da China

A estratégia proposta por Daokui é clara: o governo chinês subsidiaria até 20% das despesas dos consumidores durante a Golden Week, popular feriado nacional de uma semana em outubro. Isso significaria que para cada 1.000 yuans gastos, 200 seriam pagos pelo governo. As informações são do portal CPG.

Essa medida tem como objetivo impulsionar a atividade econômica, encorajando os consumidores a gastar mais, ao invés de economizar em excesso. A ideia é romper com a tradição chinesa de focar na poupança, promovendo, assim, um ciclo virtuoso de consumo e crescimento econômico.

Inspiração brasileira nesse contexto

O Brasil emerge como uma fonte de inspiração para a iniciativa chinesa. Durante uma visita ao Brasil, Li Daokui observou o comportamento dos consumidores brasileiros, destacando sua confiança em gastar, mesmo durante tempos incertos. Ele vê essa atitude como um modelo a ser considerado na China.

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Além disso, a alta taxa de urbanização no Brasil é apontada como um fator chave para impulsionar o consumo. Li sugere que a China poderia adotar políticas que incentivem a migração urbana, aumentando o consumo em áreas metropolitanas, onde residem trabalhadores que já atuam nessas regiões.

Desafios e oportunidades diante do protecionismo

Embora o plano de estímulo ao consumo pareça promissor, a China enfrenta desafios devido às barreiras comerciais erguidas por nações como os Estados Unidos, União Europeia e o Brasil. Daokui acredita que, apesar dessas dificuldades, há uma oportunidade de fortalecer o mercado interno como um escudo contra essas tensões comerciais.

Para maximizar os benefícios dessa estratégia, o economista sugere uma maior cooperação bilateral entre China e Brasil. A ideia de instalar fábricas chinesas no Brasil, no contexto da Iniciativa Cinturão e Rota, é vista como uma possível solução mútua, fornecendo ganhos econômicos para ambas as nações.

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Leia também: Há 75 anos, era fundada a República Popular da China 

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