A China estabeleceu uma meta de crescimento econômico de 5% para 2024, uma das mais baixas em décadas e similar à do ano anterior. O primeiro-ministro Li Qiang reconheceu os desafios enfrentados pela economia durante a abertura das sessões anuais da Assembleia Popular Nacional, o parlamento chinês.
“Não é fácil para nós realizarmos essas metas. Precisamos de apoio político e esforços conjuntos de todas as frentes“, disse ele aos delegados reunidos no Grande Salão do Povo, em Pequim.
As ações chinesas caíram nesta terça-feira (5) após o anúncio. O Índice Hang Seng China Enterprises caiu até 3%, registrando a maior queda em mais de um mês, enquanto o Índice CSI 300 oscilou entre ganhos e perdas antes de subir ligeiramente na sessão da tarde. O yuan teve pouca alteração.
A reunião ocorre em meio a esforços do presidente Xi Jinping para restaurar a confiança em uma economia afetada por problemas imobiliários, desemprego jovem recorde e por uma desaceleração global que minou a demanda por produtos chineses.
Os analistas não preveem mudanças significativas no curto prazo.
Além disso, a China buscará reduzir impostos sobre tecnologias avançadas e ampliar as oportunidades de comércio exterior.
“Trabalharemos para expandir nossa rede global de zonas de livre comércio de alto nível e ajudaremos os governos locais e as empresas a abrirem novas vias para o comércio exterior, utilizando melhor os acordos de livre comércio“, indica documento elaborado por analistas.
Outras metas mencionadas no relatório incluem uma taxa de desemprego de 5,5%, com a criação de 12 milhões de empregos nas cidades da China, e um déficit orçamentário de 3% do PIB, segundo a Bloomberg.
*texto sob supervisão de Tomaz Belluomini