O julgamento de Donald Trump no caso de propina à atriz pornô Stormy Daniels concluiu sua primeira semana nesta sexta-feira (26). Também hoje, terminou um longo depoimento do jornalista David Pecker, que durou cerca de três horas, ao longo de três dias.
Em suas falas, o ex-jornalista do Daily Enquirer afirmou que decidiu não publicar duas matérias produzidas sobre um caso entre Trump e uma ex-modelo da Playboy, Karen McDougal. Ao ser questionado pelo advogado da promotoria Joshua Steinglass se “‘matou’ a história para ajudar o candidato Donald Trump [nas eleições de 2016]?”, Pecker respondeu que sim.
Ele ainda detalhou que a própria Karen o procurou para vender a história do caso, subsequentemente avisando Trump sobre a intenção da atriz. A discussão também levantou o ponto do histórico de matérias do Daily Enquirer que atacavam Hillary e a família Clinton, como parte do plano de ajudar a imagem do eventual vencedor das eleições, Trump.
O jornalista também destacou que foi chamado à Casa Branca para que o então presidente o agradecesse por lidar com a repercussão negativa do caso. A frase foi contestada pela defesa do empresário, que mostrou um relatório do FBI constatando que nunca houve uma demonstração de gratidão vinda do ex-presidente. Em resposta, Pecker afirmou que o relatório pode estar errado. “Eu sei o que eu atestei e sei o que eu lembro”.
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Testifying in Trump’s trial today, David Pecker confirmed under oath that he bought Former Playboy model Karen McDougal’s story when he was running the National Enquirer as part of a scheme to influence the 2016 presidential election.
This is disastrous for Trump. pic.twitter.com/iuxPug2UfK
— Republicans against Trump (@RpsAgainstTrump) April 26, 2024
Outras testemunhas no caso de Trump
Após o depoimento, a promotoria ainda chamou duas testemunhas à cadeira. Uma delas foi a ex-assistente de Donald Trump, que atuou sob o magnata de 1987 a 2021. Rhona Graff afirmou que chegou a ver Stormy Daniels transitar pela Trump Tower, edifício em Nova York. Ela ainda detalhou que ele a buscava para participar no reality show “O Aprendiz”, o qual apresentava.
Por último, o banqueiro Gary Farro declarou que o advogado de Donald Trump, Michael Cohen, criou duas empresas de fachadas pouco antes das eleições de 2016, uma das quais foi usada para mascarar o pagamento da fiança à atriz pornô.