PARTIDO REPUBLICANO

Conheça Nikki Haley, pré-candidata à Presidência dos EUA

Ex-embaixadora dos Estados Unidos na ONU vai disputar vaga no pleito eleitoral com seu ex-chefe Donald Trump.

Conheça a Republicana Nikki Haley, pré-candidata à Presidência dos EUA
Haley teve a menor porcentagem de intenções de voto até agora (Crédito: Theo Wargo/ Getty Images)

Nikki Haley, ex-governadora da Carolina do Sul e ex-embaixadora dos Estados Unidos na ONU, anunciou sua pré-candidatura à presidência. Ela passa a disputar uma vaga no pleito eleitoral com seu ex-chefe e ex-presidente Donald Trump, que está incluído na corrida republicana desde novembro do ano passado.

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O sistema eleitoral americano exige que os candidatos de um mesmo partido se enfrentem diante dos 50 estados até que apenas um nome seja definido.

Haley vinha esquentando sua candidatura oficial há várias semanas. No dia 08 de fevereiro, prometeu um “anúncio especial” para seus eleitores da Carolina do Sul. No vídeo em que oficializou o lançamento de seu nome no partido, ressaltou a necessidade de reconciliar os republicanos com a população americana.

“Republicanos perderam no voto popular em sete das últimas oito eleições”, ressaltou. Ela não fez uma referência direta a Trump, mas fala na necessidade de quebrar com a atual política e implementar uma “mudança geracional na liderança”.

Haley e a questão racial

Um de seus destaques de campanha é sua origem indiana, o que acredita ser um fator que vai favorecê-la na questão racial no país. “Nem preta, nem branca. Eu era diferente”, declarou no vídeo gravado em sua cidade natal na Carolina do Sul.

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“Mas minha mãe sempre dizia: ‘Seu trabalho não é se concentrar nas diferenças, mas nas semelhanças'”, continuou. O título de primeira descendente de indianos a liderar o estado e a fazer parte do gabinete presidencial são alguns dos pontos que podem validar o discurso da pré-candidata.

O partido e os adversários

Ao anunciar sua campanha cedo, Nikki Haley, de 51 anos, ganha tempo para angariar recursos para seu fundo eleitoral e fazer seu nome entrar no radar dos eleitores republicanos primários.

A estratégia aparentemente não assusta a Donald Trump, que até então não fez nenhuma referência à candidatura de sua ex-aliada. Para ele, o surgimento de diversos nomes de oposição pode ser benéfico, dissipando grandes grupos frente aos seus números mais expressivos. O ex-presidente declarou, anteriormente, que Haley o chamou de “melhor presidente” que já viu no poder, mas também ressaltou que, na ocasião, disse para que ela “seguisse seu coração”.

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Depois de sua saída do governo em 2018, Nikki criticou publicamente Donald Trump em 2020 depois da invasão ao Capitólio e disse que ele será “duramente julgado pela história”. Mais tarde, a política disse que a mídia deveria “dar um tempo” ao seu ex-mentor. Ela voltou a atacar o ex-presidente e o atual mandatário, Joe Biden, pela idade avançada, de 76 e 80 anos respectivamente.

A provável única mulher republicana a participar das eleições primárias, por enquanto também é a única oponente oficial de Trump. Haley, no entanto, está longe de ser uma grande ameaça diante da força de Ron DeSantis, de 44 anos, reeleito como governador da Flórida pelo partido com número recorde de votos.

DeSantis não oficializou nem sinalizou que fará parte da disputa, mas já é cotado para a corrida e chegou a empatar com o atual líder republicano com 33% das intenções de voto. Na mesma pesquisa da Monmouth University Haley recebeu apenas 1% das intenções.

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*Texto de Beatriz Moreno sob supervisão de Lilian Coelho

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