A principal frente de oposição da Venezuela contra Nicolás Maduro informou que não conseguiu inscrever sua candidata, Corina Yoris, no site do Conselho Nacional Eleitoral (CNE). O prazo foi encerrado às 23h59 de segunda-feira (25).
Omar Barboza, um dos líderes da coalizão opositora, alegou restrições no sistema online do órgão eleitoral, impossibilitando o registro da candidatura de Yoris. Ele afirmou que houve uma “violação” dos direitos daqueles que “querem votar pela mudança” e exigiu a reabertura do registro.
A candidata disse que eles “tentaram ir pessoalmente ao Conselho Nacional Eleitoral para entregar uma carta solicitando uma prorrogação e nem mesmo fisicamente pudemos fazê-lo“.
URGENTE:
Nicolas Maduro NO permitió la postulación de la candidatura unitaria
NUNCA se nos permitió el acceso al sistema de postulaciones!!
Desde el mismo dia jueves 21 a las 6 am hemos intentado sistemáticamente el acceso al sistema y no fue posible.
Exigimos que se… pic.twitter.com/a2bQO6hIpC
— Unidad Venezuela (@unidadvenezuela) March 26, 2024
Yoris, uma filósofa e professora universitária de 80 anos, licenciada em filosofia e doutora em história. Ela apresenta um histórico limpo e foi indicada pela Vente Venezuela, partido liderado por Maria Corina Machado.
“Se não me deixam participar e Maduro impõe um candidato, há votação, não eleição. Eles estão tirando o direito de escolha. Estão dizendo: vote nisso. É um ato mecânico. O que procuramos não é votar, mas sim escolher”, disse em vídeo publicado em seu perfil no X.
Con el impedimento de mi inscripción están dejando a todo el país sin opción. pic.twitter.com/CDjd3iz9XA
— Corina Yoris (@yorisvillasana) March 25, 2024
Desde a última quinta-feira (21), nove candidatos se apresentaram como opositores, porém alguns são acusados de colaborar com o governo chavista.
Maduro irá concorrer
O presidente da Venezuela formalizou nesta segunda-feira (25) sua candidatura à reeleição. O líder venezuelano confirmou sua candidatura em 16 de março. Ele busca seu terceiro mandato consecutivo, que pode levá-lo a ficar 18 anos no poder.
Maduro chegou ao Conselho Nacional Eleitoral acompanhado de milhares de militantes convocados pelo partido governista, o PSUV. As eleições estão programadas para 28 de julho.
* Matéria publicada com supervisão de Ricardo Parra.