TRIBUNAL RUSSO

Crítico de Putin, Navalny se defende de acusações de extremismo

As novas acusações podem aumentar a pena de Alexey Navalny, que já está preso, para até 30 anos

O líder da oposição ao governo da Rússia, Alexey Navalny, se defendeu de acusações de extremismo que podem aumentar sua pena para até 30 anos
Em janeiro, apoiadores de Navalny na Alemanha se manifestaram pedindo sua soltura. (Crédito: Omer Messinger/ Getty Images)

O líder da oposição ao governo da Rússia, Alexey Navalny, atualmente preso, apareceu em um tribunal do país nesta segunda-feira (19) para se defender de novas acusações de extremismo, que podem provocar a extensão de sua pena em muito mais anos.

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Conforme informações da emissora Al Jazeera, na tentativa de contestar as denúncias, Navalny declarou que “considerando as circunstâncias desse momento, e a lei, vocês deveriam retirar [as queixas]“. O crítico do presidente russo Vladimir Putin está cumprindo uma sentença de 11 anos e meio na prisão por fraude e outras acusações que, segundo ele, são “forjadas“.

Navalny alega que as novas denúncias feitas contra ele em abril, por terrorismo, representam uma tentativa “absurda” de silenciá-lo. Sua equipe jurídica teme que as acusações mais recentes possam mantê-lo encarcerado por até 30 anos, e afirma que ele não foi notificado a respeito das especificidades dessas queixas, por estar confinado em solitária – onde só tem acesso a uma caneca e um livro.

Documentos do tribunal do mês passado mostram que as novas acusações são relacionadas a seis artigos do código penal russo, incluindo incitação e financiamento de atividade extremista e fundação de organização extremista. Um representante do Kremlin, Dmitry Peskov, declarou que o governo da Rússia “não estava acompanhando esse julgamento“.

Histórico

Em abril, investigadores russos ligaram Navalny à morte do blogueiro militar Vladlen Tatarsky, famoso no país. Ele foi morto por uma bomba que explodiu em um café em São Petersburgo. Os aliados de Navalny negaram qualquer conexão com o caso.

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O líder da oposição, que atuava como advogado, ganhou destaque há mais de 10 anos por denunciar supostos casos de corrupção em larga escala na Rússia. Ele retornou para o país em 2021. Antes, esteve na Alemanha sendo tratado após ser vítima de uma tentativa de envenenamento por substâncias químicas que afetam o sistema nervoso. O possível ataque aconteceu na Sibéria.

 

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