OU MATERIAL FECAL?

Durante passeio, escocês encontra raro “vômito de baleia” na praia

O âmbar cinzento pode custar uma fortuna por seu uso na indústria da beleza

Durante passeio, escocês encontra raro "vômito de baleia" na praia
O “vômito” de baleia encontrado na praia (Crédito Foto: Patrick Williamson)

Durante um passeio por uma praia em Ayshire, na Escócia, Patrick Williamson notou algo inusitado quando seu cachorro deixou a bolinha cair de sua boca: uma pedra estranha em cima de uma alga marinha.

Publicidade

Ao investigar o objeto, Patrick constatou que se tratava de âmbar cinzento; popularmente conhecido como vômito de baleia. A substância é considerada rara e pode atingir preços exorbitantes.

Eu trabalho em um barco de pesca, então sabia o que era âmbar cinza. Nunca vi isso antes, mas ouvi histórias sobre isso”, disse ao New York Post. “Eu estava caminhando pela praia de Irvine com meu cachorro. Eu bati em algo nas algas e o cachorro correu até lá e deixou cair a bola. Ela geralmente não deixa cair a bola, então eu sabia que havia algo ali”.

O objeto, parecido com uma rocha, pesa cerca de 150 gramas. Embora ainda não tenha o testado profissionalmente, Williamson acredita se tratar de âmbar cinzento — que também é chamado de “ouro flutuante”.

O material pode atingir preços altíssimos. Em 2021, por exemplo, um grupo de pescadores iemenitas conseguiu 1,5 milhão de dólares ao encontrar uma peça em uma baleia morta.

Publicidade

O âmbar cinzento é um objeto de cobiça por fabricantes de perfumes sofisticados. Fabricantes como Chanel e Lanvin usam a substância por conta de suas propriedades se aderirem à pele. O vômito de baleia age como um fixador da fragrância.

O âmbar cinza tem uma origem não tão agradável assim, visto que ele é produzido nos intestinos das baleias cachalotes. Pesquisadores acreditam que eles são criados quando as baleias se alimentam de lulas. Como elas não conseguem digerir os bicos das lulas, elas geralmente os vomitam.

Os bicos chegam até o intestino, desencadeando o processo do âmbar cinzento. “À medida que uma massa cresce, [os bicos] são empurrados mais ao longo dos intestinos e se tornam um sólido emaranhado e indigesto, saturado de fezes, que começa a obstruir o reto”, explica Christopher Kemp em seu livro ‘Floating Gold: A Natural (and Unnatural) History of Ambergris’.

Publicidade

“Gradualmente, as fezes que saturam a massa compactada dos bicos das lulas tornam-se como cimento, unindo a pasta permanentemente”, descreveu o autor. Apesar de ser referido como vômito de baleia, os cientistas acreditam que o âmbar cinzento é oriundo de material fecal. Algumas baleias conseguem se livrar do material, mas outras acabam morrendo após a obstrução romper seus retos.

 

Publicidade

Assine nossa newsletter

Cadastre-se para receber grátis o Menu Executivo Perfil Brasil, com todo conteúdo, análises e a cobertura mais completa.

Grátis em sua caixa de entrada. Pode cancelar quando quiser.