O custo econômico da greve geral na Argentina desta quinta-feira (9), organizada pela Confederação Geral do Trabalho (CGT), alcançaria os 489 trilhões de pesos, ou US$ 544 milhões. Isso equivale a 1,1% do PIB de maio e 24,3% do que teria sido produzido no dia, de acordo com uma estimativa preliminar do Instituto de Economia da Universidade Argentina de la Empresa (UADE).
O cálculo “pressupõe que nem todos os setores e regiões perderão igualmente durante a greve e que até mesmo 20,1% do que foi inicialmente perdido será recuperado dentro do mês”, relatou o estudo.
Devido à greve, alguns setores praticamente não sofrem nenhum impacto, enquanto outros se recuperam rapidamente. “No entanto, há outros setores e empresas que sofrem perdas irreparáveis e outros que, embora possam recuperar grande parte do que foi perdido, o farão em um prazo muito mais longo”.
Estimativa do Governo
Segundo o Governo, estima-se que serão perdidos um bilhão e meio de pesos. “Por conta da greve de alguns, todos nós pagamos”, afirmou o porta-voz presidencial, Manuel Adorni. E acrescentou: “Um único dia de greve causa essa perda irreparável”.
Ao detalhar o impacto da medida de força em termos econômicos, o porta-voz afirmou que equivale a “1.758.742 cestas básicas”.
Além disso, indicou que representa o custo de “5.228.643 aposentadorias mínimas”. Em relação à produção agropecuária, Adorni afirmou que equivale a “266.702.804 quilos de carne”.
Adesão à greve nos comércios de Buenos Aires
A Federação do Comércio e Indústria da Cidade de Buenos Aires (FECOBA) apontou que o nível de adesão à greve no varejo portenho alcançou 17%.
“Embora tenha sido um nível de adesão maior do que o registrado em janeiro último, quando ocorreu a primeira greve nacional durante o atual governo, a adesão permaneceu em um nível baixo”, indicou a Federação.
“Os bairros mais afetados pela medida de força foram os localizados na zona do micro e macrocentro, onde a falta de fluxo de público foi ainda mais evidente”.
“Neste contexto, o levantamento da FECOBA constatou que 83% dos comerciantes consultados afirmaram ter aberto a loja”, acrescentaram da entidade.
Un “paro nacional” basado en la extorsión, las amenazas y la violencia, no es un paro: han violentado colectivos con “miguelitos” y piedrazos impidiendo que millones de personas puedan trabajar. Dicen representar trabajadores, pero solo los esquilman en beneficio propio. Fin. pic.twitter.com/2XDELo4gNO
— Manuel Adorni (@madorni) May 9, 2024
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