Hoje, os argentinos decidem o destino da Argentina. Isso significa não só o destino dos seus atuais habitantes, mas também dos futuros argentinos, porque as políticas que o vencedor aplicará terão consequências que transcendem o tempo.
A institucionalidade de Alfonsín, a privatização de parte do setor público de Menem, a ‘renacionalização’ do mesmo do Kirchnerismo e a tentativa frustrada de modernização de Macri e o cenário inflacionário do País aprofunda a nossa neo-decadência.
Os três candidatos com chances de entrar em um eventual segundo turno são ausentes e fracos e não poderia ser diferente devido ao contexto em que surgem. O candidato mais votado na PASO não tem experiência governamental, o candidato da segunda força mais votada, apesar de sua ampla experiência legislativa e ministerial, nunca liderou o Executivo de nenhum território, e o candidato oficial com experiência territorial e tendo ocupado cargos de máxima importância representa um governo que em situações normais dificilmente poderia ser reeleito. Três desconhecidos em busca de um destino.
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— Perfil.com (@perfilcom) October 22, 2023
A palavra, mudança, em grau diferente é comum aos três: mudança sem anestesia no primeiro caso, mudança com ordem no segundo e mudança “com analgésicos” no terceiro. O diferente grau de ponderação entre desejo e medo realizado pela soma dos eleitores marcará o resultado que cada candidato alcançará.
Qualquer que seja o resultado hoje, o invariável é o surgimento de uma força libertária que não existia há dois anos, por isso vale a pena focar em outras experiências semelhantes do passado, o ‘ontem’ do título desta coluna.
A PERFIL publica hoje uma extensa reportagem sobre o autor do livro Quando um libertário encontra um urso que narra a utopia em 2004 de libertar uma cidade do estado chamada Projeto Cidade Livre (a cidade de Grafton).
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