Em 11 dias, mais de 1,7 milhão de pessoas já deixaram a Ucrânia para fugir da guerra

A agência da ONU para refugiados, a Ancur, disse que “esta é agora a crise de refugiados que mais cresce na Europa desde a Segunda Guerra Mundial”

Em 11 dias, mais de 1,7 milhão de pessoas já deixaram a Ucrânia para fugir da guerra
“Nos próximos dias, mais milhões de vidas serão desenraizadas, a menos que haja um fim imediato para este conflito sem sentido” (Créditos: Hannibal Hanschke/Getty Images)

Devido a guerra na Ucrânia iniciada com a invasão das forças da Rússia no último dia 24, em apenas 11 dias, mais de 1,7 milhão de pessoas precisaram fugir do país. Segundo informações da agência da ONU para refugiados, a Ancur, “esta é agora a crise de refugiados que mais cresce na Europa desde a Segunda Guerra Mundial”.

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“Nos próximos dias, mais milhões de vidas serão desenraizadas, a menos que haja um fim imediato para este conflito sem sentido”, publicou no Twitter o perfil oficial da agência. O Ministério do Interior da Alemanha disse à CNN, neste domingo (6), que quase 38 mil pessoas chegaram ao país da Ucrânia desde o começo da invasão russa em 24 de fevereiro.

A polícia Federal da Alemanha já registrou 37.786 refugiados do país que está sendo devastado pela guerra até domingo, disse um porta-voz do Ministério do Interior à CNN. Porém, devido a ausência de verificações da fronteira entre a Polônia e a Alemanha, o número real de pessoas que chegam pode ser significativamente maior, disse o ministério.

Nancy Faeser, ministra do interior da Alemanha, disse ao jornal alemão “Bild am Sonntag” que a Alemanha irá acolher os refugiados que estão fugindo da guerra da Ucrânia, independente de sua nacionalidade. “Queremos salvar vidas. Isso não depende do passaporte”, disse Faeser ao jornal alemão.

“Sensação de medo aumentou”

As pessoas de Kiev, capital da Ucrânia, estão cada vez mais desesperados para deixar a cidade rumo ao leste, afirmou a correspondente da CNN Internacional Clarissa Ward, que está acompanhando o desembarque das pessoas nos trens que deixam o local nesta segunda-feira (7).

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“É uma cena que a gente já viu acontecer no país. Estávamos na estação há uma semana e há uma intensificação de urgência, porque estão vendo que as partes norte e oeste da cidade estão cada vez mais afetadas”, afirmou Ward.

“As pessoas estão com mais medo porque os russos estão se aproximando mais, chegando também pelo sul, o que significa que a cidade está cercada. Elas estão desesperadas para sair o quanto antes. É terrível ver o medo no olho das pessoas”, complementou.

O trem que Ward acompanhou a partida em direção à cidade ucraniana de Lviv, mais ao leste da Ucrânia e próxima à fronteira coma Polônia, por onde os refugiados têm sido evacuados com mais frequência.

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No começo de domingo (6), bombardeios pesados foram relatados a oeste e noroeste de Kiev. O impacto das explosões foi ouvido pelas equipes da CNN em Kiev e nas áreas rurais a sudoeste.

“11 dias. 1,7 milhão de pessoas. Esta é agora a crise de refugiados que mais cresce na Europa desde a Segunda Guerra Mundial. Nos próximos dias, milhões de vidas serão desenraizadas, a menos que haja um fim imediato para este conflito sem sentido.”

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