
A embaixada da Hungria demitiu ao menos dois funcionários brasileiros como forma punição pelo vazamento de imagens do circuito interno que revelaram a visita do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A estadia de duas noites ocorreu durante o Carnaval, em meio à investigação por tentativa de golpe de Estado.
De acordo com a CNN, mesmo sem ter a comprovação da participação dos funcionários na divulgação dos vídeos, a representação da Hungria optou pelo desligamento de brasileiros que tinham acesso ao monitor que exibia as imagens em tempo real.
Desde que as imagens e a notícia de que Bolsonaro passou duas noites na embaixada húngara foram veiculadas, local onde não poderia ser preso, a representação diplomática abriu uma apuração interna para tentar descobrir como a informação e os vídeos foram parar na imprensa.
Ainda que no período de visita de Bolsonaro houvesse menos funcionários transitando na representação do país europeu, em razão do feriado, os brasileiros que trabalham na embaixada entraram na mira das investigações internas.
Embaixador da Hungria
O embaixador Miklós Halmai foi chamado na semana passada ao Itamaraty para dar explicações sobre a hospedagem ao ex-presidente da República.
O representante húngaro repetiu a versão de Jair Bolsonaro. Ele afirmou que recebeu o político brasileiro para conversas sobre interesses dos dois países. As respostas causaram um incômodo no Itamaraty.
AGORA: Embaixador húngaro, Miklós Halmai, esteve no Itamaraty, agora à tarde, para prestar esclarecimentos sobre hospedagem do ex-presidente Jair Bolsonaro na embaixada durante o Carnaval. Conversa durou 20 minutos. Ele foi chamado pela secretária de Europa e América do Norte,…
— Basilia Rodrigues 📺 (@Basiliarodri) March 25, 2024