corte de subsídios

Entidades de transporte de Buenos Aires ameaçam greve por falta de fundos

Para evitar medidas de força, solicitaram a Caputo que “adote medidas urgentes que atualizem os custos da atividade e forneçam os recursos necessários para operar os serviços”

As cinco câmaras de empresas de transpor público da Área Metropolitana de Buenos Aires (Aaeta, cetuba, ceap, ctpba, y ceutupba) enviaram uma carta ao Ministro da Economia, Luis Caputo, exigindo o "cumprimento do quadro normativo que determina a receita necessária para os operadores de coletivos da AMBA".
Milei determinou o corte de fundos para serviços públicos – Créditos: Notícias Argentinas

As cinco câmaras de empresas de transpor público da Área Metropolitana de Buenos Aires (Aaeta, cetuba, ceap, ctpba, y ceutupba) enviaram uma carta ao Ministro da Economia, Luis Caputo, exigindo o “cumprimento do quadro normativo que determina a receita necessária para os operadores de coletivos da AMBA”.

Publicidade

Para evitar medidas de força, solicitaram a Caputo que “adote medidas urgentes que atualizem os custos da atividade e forneçam os recursos necessários para operar os serviços”.

“Se essas medidas não forem adotadas de maneira urgente, os serviços serão paralisados em poucos dias, uma vez que os recursos ordinários para operar no último mês foram esgotados, assim como todos os tipos de créditos e reservas financeiras.”

As câmaras empresariais alegam que a tarifa mínima de 270 pesos implica uma tarifa média de 200 pesos por usuário, considerando todos os descontos oferecidos por bilhetes integrados e benefícios sociais (bilhete estudantil, descontos para aposentados, etc.).

Levando em consideração que o Estado contribui com uma parcela de subsídio de 400 pesos por viagem, “recebendo-se 600 pesos por viagem quando o custo é de 1.000 pesos. O compromisso de atualizar as contas e a determinação de subsídios após o ajuste da tarifa e o acordo assinado com a UTA não foram cumpridos, o que significa que os operadores não têm meios materiais para cumprir o acordado com a UTA e nem mesmo garantir a continuidade dos serviços nos próximos dias”, afirmam as empresas.

Publicidade

Luciano Fusaro, da Aaeta, expressou à revista Perfil que “é importante destacar que não se trata de um lockout patronal, mas sim de uma situação em que as empresas estão ficando sem dinheiro para operar”.

“A última vez que o governo atualizou a cota de subsídios foi em novembro, através da resolução 615/23 do Ministério dos Transportes, que calculou o custo de mobilizar os 18.500 ônibus em novembro, considerando os custos de setembro e agosto, com o preço do óleo diesel a 262 pesos”, acrescentou Fusaro.

Ponto de inflexão

Considerando o último acordo paritário que elevou o salário básico de 537.000 pesos para 737.000 pesos, Fusaro antecipou que “o ponto crítico será o quarto dia útil de março, quando teremos que pagar salários pela nova escala acordada com a UTA, e estamos faltando 400 pesos por viagem”.

Publicidade

Segundo o empresário, “queremos evitar uma situação prejudicial e pedimos às autoridades de Transportes que cumpram com seu compromisso, que é o quadro normativo estabelecido pela própria lei que determina os níveis de receita necessários para operar, e que se cumpra o compromisso assumido com o ministro Guillermo Ferraro em 28 de dezembro, de que a atualização da estrutura de custos estaria pronta na última semana de janeiro”.

Assine nossa newsletter

Cadastre-se para receber grátis o Menu Executivo Perfil Brasil, com todo conteúdo, análises e a cobertura mais completa.

Grátis em sua caixa de entrada. Pode cancelar quando quiser.