"LAWFARE?"

Evo Morales sugere que está sofrendo “assassinato moral”

Com uma postura desafiadora, ele se refere a esse cenário como “lawfare”, que seria o uso da Justiça para perseguições políticas

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Evo Morales – Crédito: Getty Images

Na Bolívia, o nome de Evo Morales não sai dos noticiários. Recentemente, o ex-presidente se comparou ao presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, após ser convocado pelo Ministério Público boliviano para prestar depoimento. A razão é uma investigação por tráfico de pessoas e exploração sexual. Com uma postura desafiadora, Morales se refere a esse cenário como “lawfare”, que seria o uso da Justiça para perseguições políticas.

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Numa série de publicações na rede social X, Morales alegou que está sendo “assassinado moralmente” por meio de processos judiciais, uma tática que, segundo ele, busca impedir sua participação em futuras eleições. Desde que começou a criticar publicamente o presidente atribuído ao seu antigo aliado, Luis Arce, já foram abertos quatro processos contra ele, trazendo ainda mais combustível ao cenário político boliviano explodido em tensão.

“Já não assassinam com balas, agora promovem assassinatos morais através de sentenças contra lideranças populares”, escreveu o ex-governante.

Quais são as alegações contra Evo Morales?

A investigação contra Evo Morales está centrada em alegações de que ele teria tido relações com uma menor de idade em 2015. Os rumores indicam que dessa relação nasceu uma filha. Essa situação não é nova para Morales, visto que ele alega que o caso já havia sido arquivado em 2020. Porém, as autoridades decidiram reabrir o inquérito após novas denúncias, trazendo novamente esse passado à tona.

O Ministério Público da Bolívia tomou medidas rápidas e, em meio a acusações de destituição injusta de promotores envolvidos no caso, nomeou uma comissão para investigar a fundo as acusações. Por outro lado, Morales afirma que tudo não passa de uma repetição do que já foi descartado, criando uma atmosfera de desconfiança entre os cidadãos e alimentando teorias sobre uma perseguição política.

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Para garantir que o caso seja tratado com a devida atenção, a investigação foi colocada sob sigilo por dez dias. Durante esse período, é primordial que todos os envolvidos, incluindo os pais da menor, sejam ouvidos para maior clareza sobre a situação. A ação judicial, entretanto, já é vista por muitos como uma amostra das divisões internas no governo boliviano.

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