Em um cenário geopolítico já volátil, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, cancelou sua visita ao secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin. Este movimento ocorre devido às tensões crescentes na região, após o recente ataque com mísseis do Irã. O porta-voz do Pentágono confirmou a mudança nos planos de Gallant, mas evitou comentar sobre especulações de que a decisão estaria vinculada a aprovações do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
A situação política em Israel também adiciona uma camada de complexidade ao cenário. Netanyahu e Gallant têm uma relação historicamente tensa, com momentos de altos e baixos que incluem uma tentativa anterior de demissão do ministro da Defesa em 2023. Segundo relatos, a aprovação de Netanyahu para a visita só seria concedida após um esperado telefonema com o presidente dos EUA, Joe Biden.
A questão que surge a partir deste cancelamento é se isso pode significar um atraso na resposta de Israel ao ataque iraniano. Analistas políticos, como Ori Goldberg, sugerem que esta manobra pode ser tanto uma estratégia de Netanyahu para assegurar seu controle sobre as decisões, quanto uma tentativa de ganhar tempo enquanto os planos de retaliação são ajustados.
Resposta dos EUA à postura de Israel
Nos bastidores, a relação entre os dois países parece ser de comunicação constante. De acordo com Sabrina Singh, porta-voz do Pentágono, Austin e Gallant têm um relacionamento positivo que já se manifestou em mais de 80 conversas diretas. Apesar de diferenças ocasionais, o diálogo permanece aberto e franco. Os EUA ainda garantem apoio a Israel, embora insistam na proporcionalidade de qualquer resposta a ser dada por Israel.
A importância das decisões tomadas por Israel e EUA não se limita apenas a seus efeitos locais. Uma possível retaliação israelense pode ter um impacto significativo na estabilidade do Oriente Médio e nas relações internacionais. Enquanto Israel determina seu próximo passo, a comunidade internacional observa atentamente os desdobramentos, especialmente qualquer interferência dos EUA, como possível apoio em forma de inteligência ou ataques aéreos.