No entanto, segundo Adila Ahmad, que participa da Comunidade Muçulmana Ahmadia, todos esses direitos foram concedidos pelo Islã para as mulheres já no século VII. Porém, algumas partes do mundo muçulmano rejeitaram inteiramente estas garantias ou, com o tempo, deixaram de as aplicar e regressaram à sua cultura pré-islâmica.
“Como seguidora do Islã, eu duelo com o coração para observar como, falsamente, em nome da minha religião, em alguns países se impõe, por exemplo, determinado código de vestimenta à mulher, embora a lei islâmica (Sharia) seja enraíza no respeito do livre-arbítrio“, afirma.
“Embora o véu islâmico seja um mandamento para as mulheres muçulmanas, o Islã proíbe categoricamente o uso da coerção em questões religiosas. A mulher muçulmana deve usar o véu como símbolo de modéstia apenas por sua própria escolha e convicção. Portanto, nenhum homem tem o direito de intervir ou impor o véu em nome de Deus“, ressalta.
Adila diz que apesar de existirem hoje sociedades onde se discriminam a mulher em nome de Al’lah (Deus), “o Islã ensina os homens e as mulheres que, apesar de terem sido criados de maneira distinta e de terem diferentes responsabilidades na sociedade, são completamente iguais em termos de estado espiritual, intelectual e social“.
Ela explica à Perfil.com que os homens que se disfarçam de muçulmanos e depois usurpam os direitos das mulheres fazem isto porque rejeitam os verdadeiros ensinamentos do Islã ou os ignoram completamente.
Isso porque o Islã garante a igualdade entre homens e mulheres e instrui os fiéis a tratá-las em todos os momentos e em todas as fases das suas vidas com bondade e reverência.
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** Sob supervisão de Lilian Coelho