Um homem ateou fogo em si mesmo do lado de fora do tribunal onde ocorre o julgamento do ex-presidente Donald Trump, nesta sexta-feira (19) em Nova York, Estados Unidos.
Segundo o jornal The New York Times, o homem se encharcou com um líquido por volta das 13h35 (14h35 no horário de Brasília), em frente ao tribunal, em uma área isolada para apoiadores de Trump. Pessoas na rua começaram a gritar quando as chamas cobriram o homem.
As pessoas correram para tentar apagar o fogo, mas a intensidade do calor podia ser sentida a dezenas de metros de distância, segundo relatos de testemunhas. Depois de alguns minutos, dezenas de policiais correram e tentaram controlar as chamas. O homem, que parecia estar vivo após as chamas serem apagadas, foi colocado em uma ambulância e levado às pressas a um hospital. Segundo informou o Departamento de Bombeiros de Nova York à emissora CBS, ele está em estado crítico.
O homem foi identificado pela polícia local como Max Azzarello, 37. Jornalistas no local viram o homem jogar panfletos no ar antes de se encharcar com um fluído e se incendiar, mas não ficou claro o que motivou sua ação.
NEW: The man who lit himself on fire outside of Trump’s trial in NYC has been identified as Max Azzarello.
“My name is Max Azzarello, and I am an investigative researcher who has set himself on fire outside of the Trump trial in Manhattan,” his manifesto read.
“This extreme act… pic.twitter.com/xDjTgNDS6r
— Collin Rugg (@CollinRugg) April 19, 2024
Relembre o caso de Trump
O acontecimento chocante ocorreu logo após a seleção do júri para o julgamento ter sido concluída, abrindo caminho para que os promotores e advogados de defesa façam as declarações iniciais na próxima semana.
O ex-presidente está sendo julgado pelo suposto suborno da atriz pornô Stormy Daniels. A suspeita é que Trump teria tentado evitar que o relacionamento entre eles se tornasse público durante sua campanha à Casa Branca em 2016, disputada contra a ex-secretária de Estado americana Hilary Clinton, na qual saiu vencedor.
Segundo a Promotoria, o republicano realizou uma série de fraudes contábeis em sua empresa, a Organização Trump, com o objetivo de mascarar o pagamento de US$ 130 mil feito à atriz em troca do seu silêncio.
A quantia teria sido paga pelo seu então advogado, Michael Cohen, testemunha-chave do processo. Trump se declarou inocente de todas as 34 acusações das quais é réu e terá o desafio de se defender perante um júri popular de Nova York. Cada uma das acusações é punível com até quatro anos de prisão.
*sob supervisão de Tomaz Belluomini