Ao menos 40 pessoas morreram após um ataque a tiros ocorrido na Rússia durante esta sexta-feira (22). Homens armados invadiram a casa de shows Crocus City Hall, localizada em um distrito próximo a Moscou, enquanto milhares de pessoas aguardavam a apresentação da banda Picnic. De acordo com agências locais de notícia, cerca de 100 pessoas ficaram feridas.
Fogo e tiros
Segundo a agência Tass, mais de um terço do prédio pegou fogo. Uma explosão foi registrada às 21h32 (horário local), e três helicópteros foram enviados ao local para resgatar pessoas presas no telhado. Meia hora depois, o teto da área do palco começou a despencar, conforme a agência RIA Novosti.
Até o momento, nenhuma organização assumiu autoria pelo ataque. Entretanto, a imprensa estatal russa revelou que cinco terroristas haviam invadido o espaço. O Comitê de Investigação da Rússia declarou que abriu uma investigação contra terrorismo e enviou vários agentes ao local.
Pelo menos 50 ambulâncias foram enviadas até lá. Fontes locais informam que os civis ainda estão sendo evacuados.
Vídeos da Rússia
Usuários postaram diversos vídeos nas redes sociais expondo o caos na Crocus City Hall. As imagens mostram pessoas caídas, se escondendo e fugindo dos tiros. Outros registros capturaram o exterior do estabelecimento pegando fogo.
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Repercussão internacional
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, descreveu o ocorrido como um “ataque terrorista sangrento” em comunicado publicado no Telegram. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, confirmou que o presidente atual da Rússia, Vladmir Putin, foi informado sobre o episódio “nos primeiros minutos”.
No último domingo (17), Putin foi reeleito, assumindo o poder pela quinta vez. Seu novo mandato vai até 2030. Interrompendo rumores sobre ataques relacionados à Ucrânia, Mykhailo Podolyak, um conselheiro do governo ucraniano, disse que o país “não teve absolutamente nada a ver” com o ataque. Similarmente, John Kirby, representante do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos declarou que a Casa Branca “não tem nenhum indício neste momento que a Ucrânia ou os ucranianos estão envolvidos”.
*Matéria em atualização